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Discussão sobre a Europa deve-se centrar sobre o modelo de desenvolvimento

Discussão sobre a Europa deve-se centrar sobre o modelo de desenvolvimento

O presidente da bancada do PS, Carlos Zorrinho, afirmou ontem que as propostas do PSD sobre a Europa “não tocam naquilo que é essencial” discutir, como a solidariedade ou o modelo de desenvolvimento europeu.

As posições do presidente do Grupo Parlamentar do PS foram assumidas, a propósito do debate agendado pelo PSD para quinta-feira, Dia da Europa, sobre a União Europeia e sobre os três projetos de resolução que os sociais-democratas convidaram o PS a subscrever.

Entre as propostas do PSD estão “a discussão prévia, em plenário, sempre que estiverem em causa matérias europeias de importância relevante” e duas recomendações ao Governo sobre orientações relativas à aplicação dos fundos europeus 2014-2020 e para a defesa do reforço de meios e da legitimidade do processo de decisão na União Europeia.

O líder da bancada do PS garantiu que as propostas “serão avaliadas pelo seu valor facial” mas considerou que “elas não tocam naquilo que é o essencial do debate europeu que se tem de fazer”.
“Dia 09 de maio é o dia da Europa e muito sinceramente, sem retirar mérito às propostas de resolução, julgo que nesse dia temos de discutir outros temas, designadamente a questão da solidariedade e do modelo de desenvolvimento europeu e por que razão neste momento a Europa é à escala global um espaço de recessão”, advogou Zorrinho.

Para o socialista, este debate “teria sido uma grande oportunidade para o PSD mostrar disponibilidade para aprovar as múltiplas propostas que o PS tem feito em relação por exemplo ao aditamento ao tratado orçamental, ao papel do Banco Central Europeu, à emissão de ‘euro obrigações' e outras medidas fundamentais para a redução do desemprego”.

“Se essas fossem as propostas nós manifestaríamos uma grande alegria”, acrescentou.

Zorrinho acrescentou que o executivo PSD/CDS deve ser interrogado sobre “porque é que tem sido porta-voz de políticas de asfixia económica, financeira e criadoras de desemprego”.

“Portugal tem sido a montra, com todos os efeitos malévolos que isso tem, da aplicação de uma estratégia política muito inspirada pelo governo alemão, que visa flagelar os territórios, provocando com isso uma regeneração, mas a verdade é que essa flagelação tem acontecido mas de regeneração não temos nada, só défice, dívida e desemprego”, declarou.