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Discurso do Primeiro-ministro é insensível e contraditório

Discurso do Primeiro-ministro é insensível e contraditório

João Ribeiro considera que o Primeiro-ministro, no discurso que proferiu no Pontal, demonstrou estar “longe da realidade de vida dos portugueses”.

Para o porta-voz do Partido Socialista, o Primeiro-ministro transmitiu três ideias fundamentais:

1.   Os portugueses ouviram que, apesar do mal feito ao país, o Primeiro-ministro prosseguirá o mesmo caminho de austeridade;

2.   O país ouviu novamente o Primeiro-ministro a pressionar de forma inaceitável o Tribunal Constitucional;

3.   E o país ouviu, incrédulo, o Primeiro-ministro a enviar recados em público para o seu próprio Conselho de Ministros, confirmando que o Governo continua em profunda crise, sendo o principal fator de instabilidade política em Portugal.

João Ribeiro defendeu que o discurso de Pedro Passos Coelho, no Pontal, foi “insensível e contraditório” e vincou que foi traçado um cenário afastado do dia-a-dia da vida dos portugueses.

“À defesa dos direitos constitucionais chamou risco constitucional, à tragédia social em que vivem milhares de portugueses, chamou risco social, à incompetência do seu Governo, chamou risco político interno, aos desempregados disse para criarem valor, aos empresários sem financiamento disse para se adaptarem, aos pensionistas e aos reformados agradeceu-lhes terem que sustentar os filhos e os netos angustiados”, sublinhou.

O porta-voz do Partido Socialista recordou o relatório do Barclays divulgado na sexta-feira para salientar que o Governo continua a ignorar os avisos e a insistir em mais austeridade. O relatório alerta para a falta de credibilidade externa de Portugal, o maior risco do regresso aos mercados e o aumento da dívida pública.