Direita precisa de pudor e realismo
Depois de sublinhar que este Programa de Estabilidade tem previsões e riscos “como têm todos”, Galamba lembrou à direita que os programas dos últimos anos “tinham certezas e falharam em todas as metas, em todos os objetivos, reiterada e repetidamente”.
De seguida, criticou o que chamou de “estranho consenso na direita portuguesa” segundo o qual “reformar é causar sangue”.
“Eu pensava que fazer reformas era, em primeiro lugar, fazer um diagnóstico dos problemas do país, em segundo lugar, identificar os objetivos estratégicos do país, em terceiro lugar, identificar as medidas necessárias para responder aos problemas e atingir os objetivos, e em quarto lugar, calendarizar e programar quer temporal quer orçamentalmente”, referiu João Galamba, garantindo que “é isto que este Programa de Reformas faz e que o governo anterior não fez nem pensou fazer”.
Responsabilizando PSD e CDS pela degradação da capacidade produtiva da economia nacional, por via da degradação contínua e reiterada das qualificações, do desinvestimento na inovação, da precarização das condições laborais, da emigração em massa e do agravamento da qualidade da vida dos portugueses, Galamba desafiou PSD e CDS a explicarem como é que depois de tanta reforma e de tanta euforia triunfalista, o país possa ter ficado com um Produto Interno Bruto inferior ao que estava no início do mandato.
A finalizar, assegurou que o Programa de Reformas e o Programa de Estabilidade do Governo do PS vão seguir o caminho de inversão dessa situação.