Direita olha para o SNS como se fosse uma empresa de contabilidade
O deputado socialista António Sales começou por afirmar que é com “alguma preocupação e até tristeza” que verifica que “os deputados do PSD e do CDS continuam a manter um registo de azedume e crispação, e continuam a avaliar os hospitais do SNS e a famigerada dívida como se de empresas de contabilidade se tratasse”.
“Para os senhores deputados, a saúde do ser-humano resume-se a catalogar receitas e despesas”, criticou, garantindo que o PS privilegia “indicadores existenciais, profissionais motivados e qualidade do serviço prestado”.
É por isso, explicou António Sales, que o PS se bate “para que os critérios de gestão do SNS assentem na qualidade do serviço prestado, mas também na avaliação e na responsabilização de quem gere”.
Sobre a dívida dos hospitais, o deputado socialista considerou “estranho” que os “deputados da oposição insistam em maltratar e criticar os gestores hospitalares que eles próprios nomearam em 2011 e que o atual Governo, de uma forma responsável, e na sua grande maioria, manteve, respeitando assim o dinheiro dos contribuintes e concedendo o benefício da dúvida à capacidade de gestão de cada um”.
“Se as vossas críticas são sobre a filosofia e o modelo de gestão do SNS, então temos a certeza que estamos no bom caminho”, asseverou. No entanto, acrescentou, se as críticas do PSD e CDS se baseiam na capacidade dos gestores, nomeados por estes dois partidos, “de acordo com a vossa vontade, então se calhar temos de ponderar algumas alterações”.
Já o deputado socialista Luís Graça comentou que, durante o debate, “a bancada do PSD gelou no plenário, sem nenhuma ideia, sem nenhum argumento para contrapor aos resultados que o Governo trouxe”.