O ministro de Estado e da Economia visitou ontem a fábrica de componentes eletrónicos para a indústria automóvel da Visteon, em Palmela, no distrito de Setúbal, mostrando na ocasião satisfação pela sustentada diminuição do desemprego em Portugal, que segundo o INE voltou a cair em agosto, para 6,4%. Precisamente numa altura, como enfatizou Siza Vieira, em que o país atravessa um período de maior acalmia em relação à situação epidemiológica, “que começa a dar sinais de normalização”.
De acordo com o ministro da Economia, Portugal está neste momento, e desde que há registos, com o “maior número de pessoas empregadas que alguma vez tivemos”, advertindo, contudo, para o paulatino surgimento de uma nova realidade oposta, que passa pelo inquietante problema da falta de disponibilidade de mão-de-obra “em quase todos os setores de atividade”.
Uma situação que, na opinião do governante, só será possível ultrapassar apostando na “continuidade da qualificação das pessoas”, para que estas se possam adaptar “às novas áreas que reclamam cada vez mais trabalhadores”. Um caminho que terá de ser acompanhado, em simultâneo, como também defendeu Pedro Siza Vieira, por um redobrado esforço no sentido de “facilitar a vinda para Portugal dos recursos humanos de que a nossa economia carece”.
Elogiando, a este propósito, o desempenho da fábrica de Palmela, por ter feito uma evolução tecnológica “extraordinária nestes 30 anos”, designadamente ao nível do desenvolvimento dos produtos que aqui são concebidos e assumindo-se, como referiu o governante, como uma das “fábricas mais automatizadas do mundo no seu segmento de atividade”, Pedro Siza Vieira recordou ainda o decisivo investimento de “mais de 90 milhões de dólares” que a Visteon dirigiu nos últimos anos para a fábrica de Palmela, sendo hoje exemplo de uma unidade industrial de excelência.