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Devolver à escola a missão de ensinar

Devolver à escola a missão de ensinar

É necessário reforçar o que é importante, “que a escola cumpra a sua missão de ensinar”. Porfírio Silva, coordenador dos deputados socialistas na comissão de Educação e Ciência, defende que as modificações introduzidas pelo Governo do PS ao modelo educativo trazem maior estabilidade à aprendizagem e corrigem os erros cometidos pelo Governo anterior, por razões “puramente ideológicas” e em prejuízo dos alunos.
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Convidado a participar no fórum que a TSF dedicou ao tema, o deputado socialista explicou que a introdução de provas de aferição no ensino básico vem ajudar a que o ano letivo seja mais produtivo.

“As provas de aferição não vão interromper o ano letivo”. Ao passarem a realizar-se no final do ano letivo, “ alunos e professores podem trabalhar para aprender e ensinar e no fim fazem a aferição em vez de interromper o ano para fazer provas”, referiu.

Porfírio Silva reconheceu que seria melhor “que não fosse necessário mudar as regras depois de já ter começado o ano letivo”. No entanto, acrescentou, “a quantidade e o calibre dos erros que estavam a ser cometidos implicam que tenhamos de mudar já”, apontando para a existência de áreas curriculares que estavam desvalorizadas e para uma prática de substituição do trabalho de ensinar por um trabalho “de treino quase mecânico” para os exames.

“Não podemos adiar decisões quando os alunos estão a ser prejudicados”, afirmou.

O também dirigente socialista sustentou “que a ideia de que o Governo está a acabar com os exames é errada”, uma vez que os exames continuam, como é o caso dos exames do 9º ano. O que está em causa, disse, é que “todas as componentes de avaliação são importantes”, havendo uma combinação com as provas de aferição e com a avaliação contínua na sala de aula.

Rejeitou também que as mudanças introduzidas pelo Executivo socialista traduzam uma natureza ideológica. “Não estamos perante uma mudança ideológica, mas a fazer uma modificação que vem na linha de todas as recomendações fundamentais de todos – como a CNE ou a OCDE – os que trabalham profundamente e ao longo do tempo nestas questões”.

“A lógica, os princípios e a concretização deste modelo de avaliação, que o Governo do PS está a por em prática, é resultado de uma reflexão que se faz em Portugal e no estrangeiro há muitos anos”, sustentou. “O que acontece é que o Governo anterior ignorou completamente essas recomendações por razões puramente ideológicas e em alguns casos até por incompetência”.

Porfírio Silva defende que “é preciso voltar a um consenso anterior”, em que várias formas de avaliação são combinadas. “Para que a escola cumpra a sua missão que é a de ensinar e para que as pessoas e o país ganhem com isso”, afirmou o deputado socialista