“O Grupo Parlamentar do Partido Socialista exorta o PSD a que venha com uma postura séria para este debate, porque os portugueses merecem respostas sérias e merecem que este Programa de Estabilidade seja encarado como a continuidade deste caminho que tantos frutos tem dado”, reagiu o dirigente socialista, em declarações aos jornalistas, depois de o deputado do PSD Duarte Pacheco ter chamado um “simples papel” ao Programa de Estabilidade.
O programa, apresentado pelo Governo de António Costa, “é a consolidação de um caminho que não só obteve contas certas – e, portanto, reduz os riscos para o nosso país do ponto de vista da redução da dívida pública –, como também conseguiu multiplicar por 7 o crescimento económico, pôs-nos a crescer mais do que a União Europeia pela primeira vez em muitos anos e fazê-lo enquanto aumentávamos o rendimento dos portugueses”, frisou o socialista.
Para Miguel Costa Matos, o PSD tenta “fugir deste debate” pelo facto de não ter “uma alternativa para poder apresentar ao país”.
O vice-presidente da bancada do PS disse ainda que é “estranho” que o PSD “queira, perante um cenário de grande incerteza, ao longo dos próximos quatro anos definir já de antemão todas as medidas para responder ao cenário de inflação que estamos a enfrentar”. E acrescentou que “o Governo procura combater as causas da inflação e tem vindo a agir proactivamente à medida que esta situação vai sendo apresentada”.
“E é estranho que às segundas, quartas e sextas o PSD critique uma suposta falta de medidas e às terças, quintas e sábados venha dizer que é preciso definir já, de antemão, todas as medidas para os próximos quatro anos”, salientou.
Por isso, Miguel Costa Matos observou que é “chocante e profundamente lamentável a atitude do PSD de desqualificar o debate que a Assembleia da República terá no dia de amanhã [quarta-feira] sobre o Programa de Estabilidade”, um “documento importante e que merece um debate aprofundado em sede da Assembleia da República”.