Descida do desemprego abaixo dos 9% confirma recuperação do mercado de trabalho
De acordo com o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, esta descida confirma a entrada numa “fase muito diferente” de recuperação do mercado de trabalho, sustentada na “criação de emprego líquido”.
“Estes dados são muito positivos e aprofundam aquela que tem sido a tendência muito sustentada do mercado de emprego no último ano e meio”, afirma o governante, recordando que, se durante alguns anos houve “uma recuperação do mercado de trabalho baseada fundamentalmente na diminuição do desemprego, mas sem conseguir criar emprego líquido”, se entrou agora, “claramente, numa fase muito diferente que se baseia na criação de emprego, acrescentando postos de trabalho aqueles que existiam no mercado de trabalho”.
Analisando a comparação com julho de 2016, quando a taxa estava nos 10,9%, Miguel Cabrita destaca que, “em apenas um ano, houve uma diminuição de dois pontos percentuais” deste indicador, acompanhada de uma criação líquida de emprego “da ordem de cerca de 150 mil postos de trabalho”.
“Verificamos também que no desemprego jovem, que é um segmento particularmente complexo do ponto de vista da inserção no mercado de trabalho, há um ano estávamos nos 27,1% e agora estamos nos 23,0%, ou seja, uma diminuição de quatro pontos percentuais neste segmento tão difícil”, salientou.
Para o secretário de Estado, esta “melhoria muito consolidada dos indicadores do emprego” está “em linha com as previsões e os resultados do crescimento económico e do PIB” e é, “também, o resultado de uma mudança muito grande na confiança dos diferentes agentes” da economia portuguesa, para a qual contribuiu “a estratégia que tem sido seguida do ponto de vista político, com a devolução de rendimentos e a garantia de um conjunto de instrumentos de estabilidade que não existiam anteriormente”.
“Há claramente um horizonte diferente na sociedade portuguesa que se reflete na economia, no comportamento dos agentes económicos e também, felizmente, no mercado de emprego”, concluiu, antecipando a manutenção desta “trajetória de recuperação sustentada”.