Descentralização de competências nos transportes é exemplo “do caminho a seguir”
“A descentralização é mesmo o caminho que temos de percorrer. Claro que temos dificuldades, mas temos de as ultrapassar, identificando e resolvendo os problemas. Foi assim que fizemos nos transportes e é assim que faremos nas outras áreas, de forma a, em conjunto, respondermos às necessidades da população e do país”, afirmou.
Referindo-se, em particular, à aposta no setor do transporte público, o líder socialista salientou que o trabalho articulado entre a administração central, as autarquias e as áreas metropolitanas tem sido a chave do sucesso na área da mobilidade.
“A experiência tem demonstrado que a mobilidade é uma área onde cada vez mais é preciso haver um trabalho articulado entre administração central, autarquias e áreas metropolitanas. Essa tem sido a chave do sucesso dos processos de municipalização da STCP [Sociedade de Transportes Coletivos do Porto] ou da atribuição, à Área Metropolitana do Porto, das competências da autoridade metropolitana de transportes”, destacou.
Isto, acrescentou o primeiro-ministro, “é o que tem permitido virarmos a página e construir este novo paradigma da mobilidade”.
Numa cerimónia na Estação de São Bento, onde marcaram também presença o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e o autarca do Porto, Rui Moreira, Metro do Porto assinou esta terça-feira o contrato para a aquisição, por 49,6 milhões de euros, financiados pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente, de 18 composições à empresa chinesa CRC Tangsthan, o que vai permitir disponibilizar mais 60 mil lugares diários.
Os novos 18 veículos – com capacidade de 252 lugares, 64 dos quais sentados – serão entregues entre 2021 e 2023, ao ritmo de um por mês, passando a frota do Metro do Porto a contar com 120 unidades.
As novas composições vão servir as novas linhas Rosa, no Porto, entre S. Bento e a Casa da Música, e o prolongamento da linha Amarela, entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, que vão acrescentar seis quilómetros e sete estações à rede, num investimento global na ordem dos 300 milhões de euros, contribuindo também para dar resposta ao aumento verificado de passageiros.
O Metro do Porto opera em sete concelhos com uma rede de seis linhas, 67 quilómetros e 82 estações, tendo sido utilizada por mais de 71 milhões de clientes em 2019.