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Défice de 10,6% é o “fim de uma política”

Défice de 10,6% é o “fim de uma política”

O PS considerou que o défice de 10,6% no primeiro trimestre deste ano representa um “falhanço total” e o fim da política do Governo.

Perante os dados do INE, que aponta que o défice orçamental das administrações públicas atingiu os 10,6% no primeiro trimestre do ano, o deputado Pedro Marques disse que se trata “de um falhanço rotundo de todas as metas, mesmo daquelas que foram revistas para o ano em curso”.

“A revisão introduzida pelo Orçamento Retificativo já não foi pequena e mesmo assim o valor apurado pelo INE é quase o dobro da meta para o défice. O Governo vai começar a dizer que as receitas já começaram a melhorar, mas acontece que alguma receita que subiu tem a ver com o aumento brutal de impostos (mais de 30% de subida do IRS) e provocou mais recessão, basta atender-se à queda do IVA. Não temos nenhuma boa razão para acreditar que venha aí uma recuperação”, sustentou.

O deputado socialista defendeu depois que o valor verificado no primeiro trimestre deste ano indicia que a meta do défice não será cumprida no final do ano: “Estes 10,6% de défice são o fim de uma política. Tem que ser o fim de uma política”.

“O primeiro-ministro dizia que vinha para o Governo para baixar o défice, mas este défice é muito superior ao que Pedro Passos Coelho encontrou em 2011”, apontou.

Pedro Marques afirmou que, apesar da “teimosia” de Pedro Passos Coelho e do ministro das Finanças, “o Governo vai ter rapidamente de mudar, ou terá de sair, manifestamente”.

“Este número do défice é demasiado mau para ser verdade. Não acredito de todo que se possa chegar [aos 5,5% de défice] no final do ano, a não ser com uma operação extraordinária que o Governo possa inventar. Do ponto de vista real, temos meio milhão de empregos destruídos em dois anos, uma dívida pública que aumentou 20 pontos percentuais do Produto Interno Bruto e um défice que não para de aumentar”, acrescentou.