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Defender o Estado Social é afirmar os valores da esquerda

Defender o Estado Social é afirmar os valores da esquerda

“É sempre de liberdade que falamos quando nos referimos ao Estado Social”, afirmou Pedro Nuno Santos, em Coimbra, considerando que é meritório enfatizar a diferença que existe entre a esquerda e a direita sobre a “ideia de liberdade”.

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Defender o Estado Social é afirmar os valores da esquerda

Intervindo na sessão que encerrou o ciclo de apresentações do Programa do Governo aos militantes do PS, o também ministro das Infraestruturas e da Habitação, começou por desferir uma crítica contundente aos partidos da direita, acusando-os de “disputarem uma ideia de liberdade” muito restritiva e meramente circunscrita a combater os valores defendidos pela esquerda sobre o Estado Social.

O dirigente socialista considerou, ainda, que a direita está errada quando defende, a pretexto de uma ideia redutora de liberdade, a necessidade de diminuir não só o Estado Social como o “peso do próprio Estado” na sociedade e que uma necessária redução de impostos, como também a direita sustenta, alegando que a “enorme carga fiscal” está a “asfixiar as liberdades dos cidadãos”, mais não representa do que uma justificação encapotada na defesa de uma “redução dos serviços públicos”.

Para Pedro Nuno Santos, trata-se de uma peculiar “ideia de liberdade” que é preciso que a esquerda a combata, defendendo que uma sociedade que “não se sabe organizar de forma comunitária” e se deixa “entrega a si própria” corre o risco de deixar de fora uma parte significativamente da sociedade impedindo-a de ser “verdadeiramente livre”.

Para o Pedro Nuno Santos, liberdade é quando, por exemplo, o Serviço Nacional de Saúde ou o sistema público de ensino respondem de forma capaz a qualquer cidadão, “sem nunca lhe perguntar se tem capacidade para pagar”, sendo esta uma das “maiores vitórias” que os portugueses conseguiram construir em conjunto e que, infelizmente, como salientou, “está sistematicamente a ser posta em causa” pela direita.

Já na parte final da sua intervenção, o dirigente socialista sugeriu a máxima atenção ao discurso da direita, nomeadamente na forma como acusa o Governo de não ter qualquer preocupação com a redução de impostos, o que para Pedro Nuno Santos não corresponde de todo à verdade, sustentando a este propósito que “é preciso ter coragem” na forma como hoje se faz o debate político.