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Declarações falsas do primeiro-ministro são manobra de diversão para esconder os cortes

Declarações falsas do primeiro-ministro são manobra de diversão para esconder os cortes

O Secretário-geral do PS lamentou as declarações falsas que o líder do Executivo proferiu esta sexta-feira no Parlamento.

António José Seguro criticou a “manobra de diversão” criada pelo primeiro-ministro para tentar desviar as atenções dos portugueses para os cortes que o Governo se prepara para tornar definitivos. “Foi muito lamentável, e de baixo nível, a estratégia do primeiro-ministro neste debate”.

O líder socialista sustentou que, perante a falta de transparência do Governo, não se pode acreditar na palavra deste Governo e do primeiro-ministro. “O Governo prepara-se para transformar cortes provisórios em definitivos, mas o primeiro-ministro escusou-se a esclarecer que cortes são esses”, afirmou, criticando as declarações falsas que o primeiro-ministro proferiu no debate.

“Nunca defendi qualquer perdão fiscal para a dívida portuguesa, nem em 2011, nem em 2012, nem em 2013”, assegurou António José Seguro, deixando uma certeza: “Enquanto no seu caso é fácil encontrar contradições e promessas cumpridas, no meu caso o primeiro-ministro tem dificuldade em encontrar qualquer incoerência”. António José Seguro esclareceu que, em matéria de dívida, houve sempre uma enorme coerência do Partido Socialista. “Várias vezes defendi a necessidade de se mutualizar parte da dívida, porque isso significa menos sacrifícios para os portugueses”, apontou, rejeitando também a acusação de que teria defendido um segundo resgate para Portugal: “A acusação que o primeiro-ministro faz não passa de uma falsidade. Cada vez que se falou em resgate foi sempre por iniciativa do primeiro-ministro e é lamentável que isso aconteça”.