Declarações de Paulo Rangel revelam “desespero eleitoral”
“Só posso interpretar estas declarações de Paulo Rangel como desespero eleitoral. Paulo Rangel é deputado europeu e tem tido oportunidade de acompanhar as posições que Portugal tem assumido nas instituições europeias no que diz respeito ao ‘Brexit’”, disse Margarida Marques, comentando, este sábado, o teor das afirmações do candidato do PSD, enfatizando que as mesmas “não correspondem à realidade”.
Lembrando que Paulo Rangel tem pautado a sua intervenção por “criticar toda a iniciativa política de Portugal e contribuído para desvalorizar a imagem de Portugal na União Europeia em vários momentos”, Margarida Marques sustentou que o Governo português procurou, desde o início, “defender os cidadãos portugueses residentes no Reino Unido, as empresas portuguesas no Reino Unido e as empresas britânicas em Portugal”.
No que diz respeito aos cidadãos, sublinhou que Portugal sempre defendeu que o Reino Unido “tinha de respeitar as liberdades de circulação de bens, serviços e capitais, mas também a livre circulação de pessoas”.
Como exemplo, referiu que Portugal aumentou os serviços consulares em cerca de 25% para “responder melhor às necessidades dos cidadãos” e tem acompanhado “muito de perto”, desde 2016, a situação dos portugueses residente no Reino Unido, além de se preocupar também com os cidadãos britânicos residentes em Portugal.
A candidata socialista referiu igualmente que o plano de contingência para o ‘Brexit’, aprovado pelo Governo português em janeiro e que vai ser votado no Parlamento no próximo dia 27, “tem fundamentalmente a mesma estrutura” dos outros países da União Europeia, para “responder à situação dos cidadãos e empresas”, estando dentro dos prazos previstos.