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Declarações de Luís Montenegro são “inaceitáveis” e revelam desespero e impreparação do líder do PSD

Declarações de Luís Montenegro são “inaceitáveis” e revelam desespero e impreparação do líder do PSD

O Secretário-Geral Adjunto do PS, João Torres, considerou hoje que as recentes intervenções políticas do presidente do PSD, visando o primeiro-ministro, António Costa, são “inaceitáveis” e revelam desespero, falta de preparação e de sentido institucional.

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João Torres

Estas críticas foram proferidas por João Torres em conferência de imprensa, na passada sexta-feira, em reação às acusações feitas por Luís Montenegro sobre a questão da TAP.

De acordo com o ‘número dois’ da direção do PS, as declarações de Luís Montenegro são “absolutamente inaceitáveis”, como tem sido, aliás, “seu apanágio na liderança do PPD/PSD, faltando reiteradamente à verdade perante os portugueses”.

No caso da TAP, ao longo dos últimos dias, “tenta produzir artificialmente um novo facto político com a comissão parlamentar de inquérito, mas é bom lembrar que o PS votou favoravelmente a sua constituição”, referiu.

João Torres acusou, de seguida, o PSD de procurar “manobras de diversão que têm como propósito claro ocultar a ruinosa privatização da TAP”, feita pelo executivo liderado por Passos Coelho, quando estava já para cair no Parlamento em 2015.

“O PSD está hoje transformado num vazio de ideias e Luís Montenegro está absolutamente desesperado pela impreparação que todos lhe reconhecem. Mas o desespero é mau conselheiro e devia assumir o papel que lhe compete, o papel de líder da oposição”, disse, colocando depois em contraponto “o sentido institucional” do primeiro-ministro, António Costa.

“Ao primeiro-ministro e ao Governo cabe-lhes respeitar a comissão parlamentar de inquérito e não comentar cada audição, cada documento e cada proposta. Luís Montenegro devia ter o mesmo sentido de respeito pela Assembleia da República e não deveria usar a comissão parlamentar de inquérito como arma de arremesso político. Em vez de honrar o sentido institucional e histórico do PSD, este partido anda a reboque do vocabulário, das atitudes e comportamentos próprios dos populistas”, acrescentou.

Estabilidade política resulta do voto dos portugueses

O Secretário-Geral Adjunto do PS observou também que a estabilidade política em Portugal resulta do voto dos portugueses nas últimas eleições e não é um mero capricho.

“A estabilidade política não é um capricho do PS, mas, antes, resulta da expressão do voto popular e da confiança que os eleitores conferiram ao nosso partido nas eleições legislativas que se realizaram há pouco mais de um ano. O PS afirma-se como um fator de estabilidade política num momento de incerteza à escala global”, declarou.

João Torres observou também que a opção do Presidente da República, nas declarações que tem dirigido aos portugueses, “tem sido claramente pela estabilidade política”.

“É isso que essencial e fundamentalmente tem manifestado de forma pública. O PS é um fator de estabilidade através de uma maioria na Assembleia da República que confere ao Governo todas as condições para prosseguir a sua governação”, concluiu.

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