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Cultura recebe investimento estrutural no Património

Cultura recebe investimento estrutural no Património

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirmou ontem que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai tornar possível um investimento estrutural há muito aguardado na conservação e restauro do património nacional e municipal, para o qual estão destinados 150 milhões de euros.

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“Com esta componente vai ser possível pela primeira vez, em muitas décadas, investir de forma estrutural e capaz de se projetar para as próximas décadas os museus e monumentos nacionais já que alguns aguardam há muitos anos por intervenção não só físicas, mas de outras intervenções como o património móvel”, realçou Graça Fonseca, à margem da abertura de uma exposição do escultor João Cutileiro, no Museu do Côa, no distrito da Guarda.

O PRR introduziu uma componente nova para a Cultura, que prevê 150 milhões de euros para a valorização, conservação e restauro do património cultural e histórico nacional e municipal, anunciado na sexta-feira passada, em Coimbra, pelo ministro do Planeamento, Nelson Souza, que destacou o setor cultural como um “setor particular e severamente afetado pela pandemia”.

“O PRR não pode dar resposta à dimensão de necessidade de mitigar os efeitos de natureza social e nos rendimentos dos trabalhadores, mas elencou duas dimensões que se encontram na vocação deste programa: redes culturais e transição digital e património cultural”, disse o governante na ocasião, adiantando que, no que se refere à transição digital, as verbas adicionais de 93 milhões de euros podem ser utilizadas na digitalização dos museus ou dos arquivos, “sejam eles de natureza documental, de filmes, registos sonoros, passando pela modernização tecnológica dos cineteatros”.

De acordo com Graça Fonseca, a verba de 150 milhões de euros destinada à componente da conservação e restauro do património será um investimento executado de forma “estruturada e séria”, nos museus e monumentos nacionais em todo o país.

O próximo Conselho Ministros, marcado para quinta-feira, será, aliás, dedicado ao setor da Cultura, tendo Graça Fonseca referido que “serão projetadas diversas vertentes como as artes, cinema, a literatura ou patrónimo”, salientando que vai ser apresentado um instrumento financeiro para investir “em várias componentes culturais”.

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