Em declarações aos jornalistas feitas, esta manhã, em Braga, à margem de uma visita à empresa DST Group, o Secretário-Geral do PS considerou inaceitável que ainda não se tenham retirado verdadeiras consequências políticas do caso muito grave acontecido no INEM a 4 novembro passado.
Lembrando que nesse dia oito em cada dez chamadas para o INEM não foram atendidas, tendo morrido oito pessoas, o líder socialista deplorou não ter ouvido ainda “uma única palavra da senhora ministra da Saúde ou do senhor primeiro-ministro”.
“E aqui foi uma falha grave do governo, de incompetência. Um ministério que desvalorizou uma greve, que acordou tarde para o problema”, recordou, indicando ter já ficado provado “que era possível ter evitado a greve, como acabou por ser”.
Ao vincar que este caso se reveste de significativa gravidade, Pedro Nuno Santos fez notar igualmente que o colapso do INEM “é um símbolo da incompetência deste executivo”.
Por outro lado, criticou o facto de estar a estender-se a todo o país a chamada “política do telefone”, obrigando os utentes a ligarem para a linha Saúde 24 antes de irem ao serviço de urgência, um procedimento que passou agora a ser aplicado também ao hospital Amadora-Sintra.
“Aquilo que o governo está a fazer é fechar a porta e pôr um telefone à porta. São barreiras que se estão a levantar às pessoas para que elas, a seguir, não procurem os hospitais públicos”, alertou Pedro Nuno Santos, insistindo que a equipa governativa chefiada por Luís Montenegro “já se mostrou, em poucos meses, absolutamente incompetente e incapaz de resolver os problemas que tinha prometido resolver em campanha”.