Crise dos media também preocupa Carlos César
“É certo que as condições de mercado são as condições em que todos os operadores devem intervir, mas também é certo que o papel da comunicação social é insubstituível no plano informativo para a formação dos cidadãos e para a boa consciência das suas decisões”, afirmou.
A propósito da questão sobre se o Estado não tem o dever de intervir face à crise da comunicação social, lançada por Marcelo Rebelo de Sousa, o também presidente do PS mostrou abertura para um entendimento sobre um plano de apoios que simultaneamente salvaguardem a independência do setor. “Importa fazer uma reflexão, centrando uma relação entre o Estado e os órgãos de comunicação social”, defendeu. “Uma relação em que, preservando a independência, se possa assegurar melhores condições para o desempenho da atividade dos órgãos de comunicação social”, acrescentou.
O líder da bancada parlamentar socialista lembrou, ainda, as medidas tomadas pelo PS designadamente no âmbito do Orçamento do Estado para 2019, apontando, como exemplo, “a proposta de alívio fiscal das publicações digitais”.
“Considero que é importante que a generalidade dos partidos e todos aqueles que possam contribuir para essa reflexão a aprofundem para que se consiga um plano de apoios que salvaguarde, justamente, quer a atividade dos órgãos de comunicação social, quer a sua independência face aos poderes constituídos”, completou.