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Crianças e jovens vítimas de violência doméstica com nova resposta de apoio psicológico

Crianças e jovens vítimas de violência doméstica com nova resposta de apoio psicológico

As crianças e jovens vítimas de violência doméstica, atendidas ou acolhidas na Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD), vão passar a ter uma nova resposta específica de apoio psicológico e psicoterapêutico, comtemplada num concurso lançado pelo Governo com a dotação de 2,788 milhões de euros.
Crianças e jovens vítimas de violência doméstica com nova resposta de apoio psicológico

O anúncio foi feito pela secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, por ocasião da assinatura de um protocolo de colaboração com a Ordem dos Psicólogos para a criação de uma bolsa de profissionais e para apoiar a criação desta resposta especializada.

O objetivo da iniciativa, que se enquadra no âmbito do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, é colmatar as necessidades de serviços de apoio especializado, privilegiando abordagens psicoterapêuticas focadas no trauma, e que assumem a designação de RAP – Respostas de Apoio Psicológico para crianças e jovens vítimas de violência doméstica.

Rosa Monteiro destacou que o envolvimento com a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) “é estratégico para acompanhar e apoiar a criação destas novas respostas, assegurar a formação e supervisão dos psicólogos a recrutar para a rede nacional”, incluindo, através da definição de recomendações e protocolos de atuação específicos, “promover a mudança de paradigma na intervenção junto de crianças e jovens vítimas de violência doméstica”.

Entre 2015 e 2019, foram acolhidas nas casas de abrigo e nas respostas de acolhimento de emergência da RNAVVD, com as suas mães, um total de 7.414 crianças e jovens, tornando urgente promover respostas de apoio especializado para estas vítimas de violência doméstica, tendo em conta a sua vulnerabilidade e necessidades específicas.

“Não obstante todo os esforços das equipas técnicas destas estruturas, focado na especificidade de ser criança, ser jovem, faltava esse acompanhamento mais especializado e daí termos decidido fazer este reforço e esta abordagem nas estruturas da rede, seja atendimento ou acolhimento”, disse Rosa Monteiro após a assinatura.

O protocolo com a Ordem dos Psicólogos vai também servir “para robustecer o conhecimento desta área a nível de conhecimento, desenvolvimento científico, mas também profissional”, acrescentou a governante, além de visar criar uma bolsa de psicólogos com o perfil necessário para este trabalho, à qual as estruturas da rede irão recorrer.

Podem candidatar-se, até ao dia 17 de fevereiro, as entidades públicas ou privadas que sejam gestoras de estruturas de atendimento da RNAVVD, as quais devem garantir a prestação de apoio às crianças e jovens que sejam atendidas e acolhidas no território da respetiva Comunidade Intermunicipal.