Crescimento do Turismo dinamiza criação de emprego
“O turismo tem importância pela atividade económica que gera, pelo peso que tem nas exportações e pelo efeito multiplicador na criação de emprego”, afirmou António Costa, durante uma visita, realizada na última sexta-feira, à Torre dos Clérigos, considerada o ex-libris da cidade do Porto.
O chefe do Governo frisou a importância da conjugação de esforços para que Portugal continue a ser um “grande destino” turístico, aproveitando o “fator de diferenciação” que torna única a oferta turística nacional.
“Ouço excessivas vezes dizer que temos tido sorte no crescimento do turismo, como se o turismo que tem crescido em Portugal resultasse do infortúnio que tem afetado outros destinos turísticos”, apontou, dando como exemplo dessa diferenciação a “vitalidade notável” do Porto nos últimos anos, “pelo património de grande riqueza, pela gastronomia que oferece, pelo acolhimento caloroso e amigável, afirmando-se por si próprio como um destino de grande importância turística”.
Na ocasião, António Costa foi agraciado pela Irmandade dos Clérigos, responsável pela gestão do monumento, como o visitante número dois milhões da renovada Torre dos Clérigos desde a inauguração das obras da igreja, em 2014.
Ânimo acrescido para “continuar a pedalar”
Já em Gondomar, onde presidiu ao lançamento da primeira pedra do intercetor do rio Tinto, o líder do Governo afirmou que as boas notícias sobre a economia portuguesa são um incentivo acrescido para consolidar a trajetória positiva que o país tem vindo a traçar.
“O país tem tido felizmente nos últimos tempos boas notícias em matéria de evolução da sua situação económica. Neste primeiro trimestre do ano crescemos como há muito tempo não crescíamos. Tivemos o défice mais baixo desde que somos um país democrático. Mas não podemos ficar descansados. Temos de encontrar ânimo acrescido para fazer mais e melhor. Se a bicicleta está a andar, nós temos de continuar a pedalar para ela continuar a andar”, disse António Costa.
O líder do Executivo socialista defendeu que para Portugal continuar a crescer, o país tem de aumentar o investimento dando condições ao investimento privado e acompanhando-o de investimento público.
“Por isso, demos prioridade à execução dos fundos comunitários”, acentuou, referindo os “investimentos de qualidade” que teve oportunidade de testemunhar ao longo de um dia dedicado a um conjunto de visitas no distrito do Porto.
António Costa considerou ainda que a descentralização, de que se afirmou “um férreo defensor”, é “a pedra angular” de uma verdadeira reforma do Estado, para melhor servir as populações.
“Quem está mais próximo das pessoas e mais próximo dos problemas tem uma maior capacidade de resolver os problemas”, sustentou o primeiro-ministro, acrescentando que deste modo “o país terá uma administração pública mais eficiente, menos burocrática e que presta melhor serviço às populações”.