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Crescimento da economia portuguesa traduz “mudança estrutural”

Crescimento da economia portuguesa traduz “mudança estrutural”

O primeiro-ministro, António Costa, pegou nos números divulgados esta sexta-feira no Boletim de junho do Banco de Portugal (BdP), que mostram que a economia portuguesa vai crescer 2,7% este ano e 2,4% em 2024, um desempenho acima do que era esperado no primeiro trimestre, que apontava para um crescimento de 1,8%, para afirmar que a economia nacional atravessa uma indiscutível “transformação estrutural”.

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António Costa

Para o chefe do Governo, que falava no final da visita que esta manhã realizou à multinacional Schréder, em Carnaxide, concelho de Oeiras, já não restam grandes dúvidas de que os bons resultados que a economia portuguesa apresenta resultam, desde logo e em primeiro lugar, como salientou, “da evolução das qualificações” que o país tem vindo a fazer “nos últimos 30 anos”.

Ponto assente para o primeiro-ministro, que tinha a seu lado o ministro da Economia, António Costa Silva, e o secretário de Estado Adjunto, António Mendonça Mendes, melhor que a estimativa hoje apresentada pelo BdP, é a economia, ponto também destacado pelo supervisor bancário Mário Centeno no Boletim de junho, estar a crescer em resultado de uma clara “mudança estrutural”, com especial destaque para as qualificações.

Quanto à empresa do ramo da iluminação que o primeiro-ministro visitou esta manhã no município de Oeiras, que iniciou a sua atividade em Portugal no ano de 1956, tendo atingido, em 2022, uma faturação de 50 milhões de euros e contando nos quadros com 197 trabalhadores e 60% da produção industrial apontada à exportação, António Costa apontou-a como um exemplo e a “demonstração prática” da evolução da economia portuguesa, lembrando tratar-se de uma empresa que “não se limita a produzir luminárias, mas a criar novos produtos”.

Fortalecer as exportações

Depois de enaltecer a qualidade dos produtos criados e exportados pela empresa de Carnaxide, António Costa referiu-se, num contexto mais geral, às exportações portuguesas, destacando, entre outras, as áreas das componentes de automóveis das empresas instaladas no território nacional, cujas exportações “aumentaram 22%”, confirmando que Portugal é hoje “o primeiro país europeu” na produção de bicicletas e fornecedor de um quarto das bicicletas a nível europeu, “em particular das elétricas”.

Houve ainda oportunidade para estender os elogios à maioria das empresas nacionais por terem demonstrado “uma elevada resiliência” durante os dois anos de pandemia, nunca deixando de responder, como salientou, “de forma muito positiva aos vários choques externos”.

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