No relatório que esta terça-feira o FMI divulgou sobre a evolução prevista para este ano da economia portuguesa, é referido que depois de um crescimento de 6,7% em 2022, bem acima da média de 3,5% registada nos países da zona euro, haverá este ano um abrandamento, devendo situar-se nos 2,6%, bem acima, contudo, das previsões do próprio Governo que apontam, como salientou, para um crescimento de 1,8%.
De acordo com o ministro da Economia, que ontem esteve na Covilhã, distrito de Castelo Branco, a presidir à apresentação da Agenda do Turismo para o Interior, a revisão em alta do FMI, de 1% para 2,6%, vem dar uma vez mais razão ao Governo de que “muitas vezes as pessoas subestimam a capacidade e a resiliência da economia portuguesa”, não deixando, contudo, de alerta para as dificuldades que existem, quer por via da inflação, que deverá “recuar este ano para os 5,6%”, quer pela guerra na Ucrânia.
Para o governante, o que não pode ser desmentido é o “percurso sólido” que a economia portuguesa tem tido com os governos do PS, pelo que as previsões anunciadas pelo FMI, como garantiu, não só “já não surpreendem”, como vêm confirmar a “sequência de bons resultados que a economia portuguesa produziu e fez em 2022”.
Aumento das exportações
Uma economia mais sólida, resiliente e capaz de se aproximar das congéneres europeias só está a ser possível, disse o ministro, porque as exportações estão a crescer a bom ritmo, sendo exemplo disto, como aludiu, o facto de terem chegado aos 50% do PIB em 2022 e voltado a crescer 13,3%, no primeiro trimestre deste ano, insistindo o governante que “se alguma coisa está a funcionar bem no país, é a economia”.
Para o titular da pasta da Economia, Portugal conta hoje com uma economia “cada vez mais exportadora e competitiva”, uma boa notícia, como disse, para o futuro do país, destacando também o contributo decisivo que o turismo tem vindo a dar, designadamente, nos primeiros três meses de 2023, com números na procura nada habituais para esta época do ano, representando “os melhores de sempre para o turismo português”. Um desempenho que, na opinião do governante, terá justificado que o FMI tenha revisto em alta o crescimento da economia portuguesa.
Recorde-se que, no passado dia 11 de abril, o FMI, aquando da atualização das previsões económicas mundiais tinha apontado para um crescimento do PIB português de 1% para este ano, agora revisto em alta para 2,6%, prevendo uma estabilização em torno dos 2% no médio prazo.