Pedro Coimbra lembrou, no debate parlamentar sobre a situação da ferrovia nacional, que quando o Governo de António Costa tomou posse, em 2015, “herdou uma ferrovia ao abandono”, mas o país tem hoje “em curso o maior investimento na ferrovia dos últimos 100 anos”.
O parlamentar do PS sublinhou ainda a importância do anunciado investimento privado para a construção de uma fábrica de comboios em Portugal, considerando que este só é possível pela aposta do Governo na requalificação e modernização da rede ferroviária nacional.
O Governo está, em 2023, “a dar continuidade ao ambicioso programa de investimentos na requalificação e modernização da Rede Ferroviária Nacional, que tem por base o programa ferrovia 2020”, num valor global superior a dois mil milhões de euros, assinalou.
Desde montante, o deputado detalhou “367 milhões de euros em obras já concluídas, 1,225 milhões de euros em obras em curso, 169 milhões de euros de obras em concurso e 286 milhões de euros de obras a lançar”.
“Há, neste momento, muitos e importantes investimentos em curso que vão modernizar boa parte da nossa linha férrea”, frisou, apontando que, por outro lado, “o Governo está também a dar continuidade à elaboração dos projetos incluídos no PNI [Programa Nacional de Investimentos] 2030 com um investimento previsto de cerca de 8,8 mil milhões de euros até 2030, com execução de 80 milhões de euros ainda este ano”.
Pedro Coimbra salientou em seguida o “investimento significativo” no material circulante, “com a adjudicação de 117 novas automotoras elétricas no valor global de 819 milhões de euros, dos quais 81,9 milhões de euros em 2023” e com o “lançamento do concurso para a aquisição de 12 comboios de alta velocidade, no valor de 336 milhões de euros”.
“Hoje ficámos também a saber que, pela primeira vez na sua história, a CP fecha um ano com resultados positivos, pelo cumprimento do contrato de serviço público”, mas também “pelos ganhos de gestão do lado da despesa, com destaque para a fusão da EMEF com a CP e as respetivas sinergias que daqui resultaram”, congratulou-se.
Pedro Coimbra destacou ainda a “abertura das oficinas de Guifões, que permitiu recuperar material circulante, o que eliminou o problema das supressões de comboios, bem como a devolução a Espanha de material alugado à RENFE que foi substituído por material português renovado”.