Costa salienta “enorme potencial” e oportunidades por aproveitar no interior do país
“Temos que olhar para o outro país que as autoestradas não mostram e ver o enorme potencial que temos para aproveitar”, disse o também primeiro-ministro António Costa, que falava aos jornalistas após percorrer um trilho entre as aldeias de Agra Velha e Agra Nova, em Góis, distrito de Coimbra, numa iniciativa inserida no seu périplo pela Estrada Nacional (EN) 2.
Segundo o secretário-geral do PS, se o país tem a ambição de “continuar com uma década de convergência” com a Europa, então não é possível apenas “fazer mais do mesmo”.
“Temos que manter aquilo que temos, continuar a melhorar aquilo que temos, mas temos que aproveitar aquilo que temos desaproveitado”, disse, apontando para o interior como uma zona do país onde há muito por aproveitar.
Voltando a dizer que “não há nenhuma fatalidade relativamente ao interior”, António Costa salientou que o percurso que tem feito pela EN 2 permite-lhe encontrar pessoas que o inspiram, que, “em vez de deixarem acabar este território”, encontram nele formas de “fazer de novo para recomeçar, para dar nova vida”.
Sobre se o trilho que fez na Serra da Lousã será mais complicado que o caminho para a maioria absoluta, o secretário-geral do PS diz que esse outro “será um caminho que os portugueses escolhem ou não escolhem”.
Já o trilho da Serra, disse, não foi particularmente difícil, permitindo-lhe aprender sobre o que aquela terra e a vivência das suas gentes lhe têm para ensinar.
Na iniciativa, estiveram presentes o secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde, a secretária do Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, a cabeça de lista às legislativas pelo distrito de Coimbra, a ministra da Saúde, Marta Temido, e o secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino, entre outros.