Costa rejeita “fatalidade” do interior e aponta setor da aeronáutica como exemplo
“Não há nenhuma fatalidade relativamente àquilo a que nos habituámos erradamente a chamar interior. Aquilo que é necessário é ter por um lado uma grande vontade política, uma grande convicção de que, a partir destes territórios, é possível fazer mais, é possível fazer melhor, é possível fazer diferente”, disse.
António Costa, que falava no decorrer de uma visita ao Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, ação inserida em mais um “ponto de paragem” do seu roteiro pela Estrada Nacional (EN) 2, deu como exemplo para combater as questões relacionadas com a interioridade o projeto que está a ser desenvolvido naquele aeródromo.
“Foi isso que o senhor presidente da câmara (Ponte de Sor) aqui há quase dez anos imaginou que poderia ser, creio que na altura não deviam trabalhar aqui (aeródromo) mais de 20 pessoas, hoje trabalham 300 pessoas diretamente aqui no aeródromo. A partir deste projeto do aeródromo atraíram-se várias empresas”, sublinhou.
O secretário-geral do PS afirmou ainda na sua intervenção que a região do Alentejo está nesta altura no “centro do cluster” aeronáutico em Portugal.
“Na semana passada pude testemunhar a assinatura, em Évora, da aquisição pelo Estado Português das cinco primeiras aeronaves KC-390, essas aeronaves vão ser muito importantes para o nosso sistema de defesa, mas têm uma contribuição extraordinária, porque é a primeira grande aeronave que tem grande parte das suas componentes fabricadas, produzidas aqui no Alentejo, neste caso em Évora”, recordou.
“Isto significa que aqui, a região do Alentejo, seja em Portalegre, seja em Évora, seja em Beja pode estar no centro, e já está no centro do “cluster” aeronáutico nacional”, afirmou.