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Costa quer que 2019 tenha o maior orçamento “de sempre” no setor da Cultura

Costa quer que 2019 tenha o maior orçamento “de sempre” no setor da Cultura

O primeiro-ministro, António Costa, assumiu ontem que quer chegar a 2019 com o “maior orçamento de sempre no setor da Cultura”, porque considera que o investimento nesta área é essencial ao modelo de desenvolvimento de Portugal.

“O investimento em Cultura não é só porque é chique, não é só porque fica bem. É também porque é essencial ao modelo de desenvolvimento do país e é por isso que é necessário que este esforço prossiga”, declarou António Costa, no Porto, durante a cerimónia de assinatura de dois protocolos sobre o destino das Coleção Miró.

O primeiro-ministro referiu que a constituição do Ministério da Cultura não foi “meramente simbólica”, e sublinhou que se trata de um processo com uma “tradução progressiva de reforço orçamental, que permitirá ao Governo chegar em 2019 com o “maior orçamento de sempre no setor da Cultura, entre aquilo que são as verbas diretamente geridas pelo Ministério da Cultura”.

“Para nós, investir na Cultura não é simplesmente a dotação do Ministério da Cultura. Precisamos de todo um Governo a promover e a trabalhar a promoção e o apoio da Cultura. Este reforço traduzir-se-á sobretudo no reforço à criação artística, mas também no reforço do património. Na criação do 15.º museu nacional, em Peniche, que é o Museu Nacional da Resistência, e com medidas que ajudam a tornar mais acessível o acesso à Cultura, como seja a redução do IVA nos espetáculos culturais”, acrescentou António Costa.

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, também presente na cerimónia no Porto, congratulou-se por a Coleção Miró poder ficar no Porto e em Portugal, e recordou uma frase que António Costa disse “há uns anos”, em que referia que as “instituições passam e vão, mas a arte permanecia”.

“A Cultura na forma como nós vemos, tem de ser feita por todos, tem de ser feita em rede e tem que unir Estado, administração local, privados e, acima de tudo, começar nas pessoas”, defendeu a ministra da Cultura, recordando que foi assim que se conseguiu uma coleção de arte como a Coleção de Miró, para que não fosse “um mero ativo financeiro”, mas que fosse tratada como “algo que permanece”.

A ministra da Cultura acrescentou que o caminho do futuro passa por construir um espólio por parte do Estado, designadamente através do anunciado fundo governamental para a aquisição de arte contemporânea.

“A prioridade que o Governo tem dado à Cultura ao longo destes anos, desde o início do seu mandato, vê-se bem em dois ou três números. A área da Cultura foi a área que mais subiu. Subiu cerca de 38% desde o dia em que começámos até ao dia de hoje e, no Orçamento do Estado para 2019, será um crescimento de 13% face ao ano anterior”, declarou, destacando a área da arte e do património e dos museus.