Costa faz apelo à estabilidade política para manter a tranquilidade dos portugueses
Esta mensagem foi deixada por António Costa na parte final do discurso com que encerrou o primeiro comício de campanha eleitoral do PS, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.
“A estabilidade – lembrem-se bem – é fundamental para a tranquilidade que cada um dos portugueses recuperou no dia-a-dia. Essa estabilidade é fundamental para mantermos a credibilidade internacional que o país conseguiu recuperar”, advertiu o líder socialista.
António Costa considerou ainda que a estabilidade “é fundamental para a confiança daqueles que investem na criação de postos de trabalho e na modernização das suas empresas para empregos mais estáveis e com melhores salários”.
“A ambição que temos é continuar a crescer e fazer com que o país seja mais próspero e mais próximo dos países desenvolvidos da União Europeia. Aquilo que nós queremos é que os jovens de hoje nunca mais pensem que é lá fora que encontram o seu futuro, mas aqui, connosco, em Portugal”, declarou, recebendo então uma prolongada salva de palmas.
Tal como já antes fizera, António Costa deixou um pedido aos eleitores da sua área política, tendo em vista evitar uma dispersão de votos por causa de receios de uma hipotética maioria absoluta do PS.
“Quem quer um Governo do PS, deve votar no PS. Precisamos de dar força ao PS para podermos garantir mais quatro anos de estabilidade que nos permitiam enfrentar os desafios que se colocam ao país”, acrescentou.
Costa afirma que pensionistas vão ter atualização superior à inflação em 2020
Pela primeira vez na história da democracia portuguesa, pelo terceiro ano consecutivo, os pensionistas vão ter direito em 2020 a uma atualização das suas pensões acima da taxa de inflação.
António Costa deixou esta sua garantia aos pensionistas no discurso de encerramento do primeiro comício do PS desta campanha eleitoral, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, após referências às ideias de Portugal ter “rompido com a austeridade” e “recuperado a sua credibilidade internacional” nos últimos quatro anos.
“Os portugueses deixaram de recear cortes de salários ou de pensões e deixaram de recear enormes aumentos de impostos. Foram estas condições que nos permitiram cumprir os objetivos de assegurar mais crescimento, mais e melhor emprego e redução para metade da taxa de desemprego”, começou por apontar o líder socialista.
Neste contexto, António Costa referiu-se então aos mais recentes indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a evolução da economia portuguesa e defendeu que, ao contrário da tese da oposição, “esses números têm mesmo a ver com a vida das pessoas”.
“Quando o INE anunciou na segunda-feira o crescimento da economia portuguesa neste primeiro semestre, ficou-se a saber que, aconteça o que aconteça neste segundo semestre, Portugal crescerá este ano acima dos 2%, o que significa que, pela primeira vez na história da democracia portuguesa, pelo terceiro ano consecutivo, os pensionistas vão ter direito a uma atualização das pensões acima da taxa de inflação”, declarou.
O passe de Mário Centeno não está à venda
Logo na parte inicial do seu discurso, que encerrou o primeiro comício de campanha eleitoral do PS, no Pavilhão Carlos Lopes, António Costa agradeceu a presença e a intervenção antes feita pelo seu ministro das Finanças.
O líder socialista lembrou o envolvimento de Mário Centeno na elaboração do cenário macroeconómico que o PS apresentou em 2015, antes das eleições legislativas desses anos, e referiu que, então, “olharam para ele com enorme desconfiança”.
“Mas que bom ver quatro anos depois todos quererem ter o seu Centeno. Já há quatro anos devíamos ter desconfiado, porque quem desdenha quer comprar”, disse.
A seguir, ainda usando um tom de humor, pegou na comparação que o antigo ministro das Finanças alemão Wolfgang Schauble fez entre o atual presidente do Eurogrupo e o jogador de futebol da Juventus Cristiano Ronaldo.
“O senhor Schauble até pode achar que ele [Mário Centeno] é [Cristiano] Ronaldo. Só que o passe não está à venda”, declarou, recebendo uma salva de palmas dos militantes e simpatizantes socialistas.