Costa considera positivo consenso alargado para “recuperar anos de desinvestimento” no SNS
“Depois de termos encerrado uma legislatura a aprovar uma nova Lei de Bases da Saúde, que coloca o SNS precisamente no centro daquilo que deve ser a construção da nossa sociedade, é muito positivo que esse consenso se alargue e que possa ter tradução prática ao longo desta legislatura. É para isso que temos estado a trabalhar na legislatura anterior e que temos que continuar a trabalhar nesta legislatura”, afirmou.
Referindo a necessidade de “um grande esforço na formação de quadros e na capacidade de contratar os quadros e de assegurar a todos a motivação necessária para poder desempenhar as suas tarefas”.
“Nós já na legislatura passada repusemos tudo o que tinham sido os cortes no Serviço Nacional de Saúde na legislatura anterior. Temos agora que continuar a avançar, de uma forma sustentada, por um lado para irmos para além do ponto em que estávamos antes de 2011, mas, sobretudo, para podermos fazer aquilo que é essencial, que é dar resposta positiva às novas exigências que o país tem e que temos que saber satisfazer”, declarou António Costa.
Segundo o primeiro-ministro o reforço sustentado do SNS será feito “de acordo com a estratégia que o Governo definiu como prioritária” e que passa desde logo pelo “desenvolvimento dos cuidados primários de saúde”, com a generalização “a todo o país” do atual modelo das Unidades de Saúde Familiar (USF) e o reforço nas valências ali disponíveis, designadamente na área da pediatria, da saúde visual, da saúde mental e da saúde oral.
Outra “dimensão crítica” apontada por António Costa são “os cuidados continuados integrados”, que, a par dos cuidados de saúde primários, permitirão “libertar muita da procura que hoje existe sobre o sistema hospitalar para serviços que estão em melhores condições, porque estão mais próximos, e que não requerem o tratamento hospitalar”.
“Portanto, nós temos não só que pôr mais meios, mas também que gerir melhor os meios que temos, com maior eficiência, de forma a podermos ter melhores resultados de saúde para todos”, concluiu o primeiro-ministro.