Costa afirma-se “tranquilo” com acordo à esquerda e com negociações com Bruxelas
O primeiro-ministro afirmou hoje não antever especiais dificuldades nas negociações do Orçamento para 2017 com Bruxelas e manifestou-se “tranquilo” com a forma como decorre o diálogo à esquerda para a viabilização da proposta do Governo no parlamento.
Questionado sobre a sua expetativa em relação à reação da Comissão Europeia face à proposta de Orçamento do Estado para 2017 que está a ser preparada pelo Governo, o primeiro-ministro desdramatizou esse processo.
“As conversações vão decorrer normalmente e não antevejo que haja qualquer dificuldade no que diz respeito às conversas com a Comissão Europeia. Os nossos objetivos estão inscritos no Pacto de Estabilidade, que foi aprovado pela Comissão Europeia“, sustentou o líder do executivo.
António Costa disse ainda esperar que as negociações com Bruxelas “corram como normalmente correm, porque é um diálogo sempre franco entre Portugal e a Comissão Europeia e que tem terminado sempre bem“.
“Não vejo que vá terminar mal e este não é um exercício exclusivo da Comissão Europeia em relação a Portugal. Para tal, basta ler a imprensa internacional para ver como há várias semanas decorrem as negociações a propósito do Orçamento de Itália“, apontou o primeiro-ministro.
António Costa foi também questionado se está a encontrar dificuldades no diálogo político com as restantes forças da esquerda política (PCP, Bloco de Esquerda e PEV), na frente interna, para a viabilização pelo parlamento da proposta do Governo de Orçamento.
“Tenho estado tranquilo. Acho que não há motivo de preocupação“, limitou-se a afirmar o primeiro-ministro.
Perante os jornalistas, António Costa voltou a recusar-se a entrar em detalhes sobre a proposta de Orçamento do Estado, alegando não tem estado “a acompanhar diretamente esse assunto“.
“Certamente, iremos cumprir o calendário. Na quinta-feira, teremos Conselho de Ministros e, depois, na sexta-feira, a proposta será entregue no parlamento e apresentada publicamente nesse dia pelo ministro das Finanças, Mário Centeno“, acrescentou.