Na apresentação da iniciativa, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, defendeu que a UE não deve financiar projetos de energia nuclear, argumentando que se trata de uma energia que “não é segura, não é sustentável e custa muito dinheiro”.
“Não estamos aqui para definir as políticas energéticas de nenhum país. Estamos aqui para enfatizar que realmente é uma má decisão colocar o nuclear dentro da taxonomia europeia. Não é seguro, não é sustentável e custa muito dinheiro”, reiterou.
O financiamento europeu, vincou Matos Fernandes, deve direcionar-se para outras opções, principalmente as energias eólica e solar.
“Todo o dinheiro que se coloca na energia nuclear é definitivamente dinheiro que se devia colocar em energia renovável e é disso que o mundo precisa. Precisamos de energia, mas que não venha de [combustíveis] fósseis. E precisamos de energia que não tenha lixo nuclear”, insistiu.
Já na intervenção anterior à do governante português, a ministra do Ambiente alemã, Svenja Schulze, sustentara, no mesmo sentido, que “a energia nuclear não pode ser uma solução para a crise climática”, partilhando as razões do risco que lhe está implícito e de ser uma opção “pouco sustentável”.
De recordar que os trabalhos da COP26 decorrem na cidade escocesa de Glasgow, até esta sexta-feira, com decisores políticos, especialistas e ativistas a procurarem atualizar os contributos dos diferentes países para o objetivo de redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e de aumentar o financiamento global face aos desafios climáticos.