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Conversa de aliança entre PS e Chega é “absurda” e risível

Conversa de aliança entre PS e Chega é “absurda” e risível

O Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, classificou este domingo como “absurda e sem sentido” a ideia, que tem vindo a ser repetida pelo líder do PSD e do Governo, Luís Montenegro, de haver alianças entre PS e Chega, observando, pelo contrário, que tem sido o PSD a procurar respaldo político no partido de André Ventura.

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“A conversa sobre a aliança entre o PS e o Chega é absurda” e “não tem sentido”, afirmou o líder socialista à margem da visita a Vila Nova de Gaia, onde participou na tradicional noite de São João, a convite do presidente da câmara, Eduardo Vítor Rodrigues.

“O mesmo não posso dizer do PSD”, acrescentou, lembrando que, ainda recentemente, o partido do Governo aprovou propostas em conjunto com o Chega.

Pedro Nuno Santos recordou, a título de exemplo, que a proposta do executivo da AD para o fim da contribuição extraordinária nos alojamentos locais foi aprovada, na passada sexta-feira, com os votos do Chega, lembrando também o elogio do Chega às propostas do Governo para a justiça e para as migrações.

Portanto, reforçou, “só com graça é que ouvimos as declarações do primeiro-ministro”.

Pedro Nuno Santos sublinhou ainda o contraste, que sido evidenciado, entre a atuação do Governo e a ação do PS, que tem vindo a fazer o seu trabalho, conseguindo fazer aprovar no Parlamento medidas importantes para o povo português, como o fim das portagens nas ex-Scut do interior ou o aumento das deduções das rendas.

Postura do Chega representa “degradação máxima do Parlamento”

Aos jornalistas, o Secretário-Geral do PS repudiou também o espetáculo a que se assistiu na comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas, declarando-se “profundamente envergonhado” pela “falta de empatia” e de “sensibilidade humana” na forma como o presidente do Chega tratou a mãe das crianças na audição parlamentar.

“Envergonhou-me profundamente como deputado ter assistido à forma como o Chega e André Ventura trataram uma mulher que fez aquilo que qualquer mãe em Portugal faria para defender os seus filhos”, disse, afirmando estar certo de que a maioria dos eleitores que votaram no Chega nas eleições legislativas de março partilharão também do mesmo sentimento.

Para o Secretário-Geral do PS, esta forma de estar na política dá uma imagem de “degradação máxima do Parlamento” e representa tudo aquilo que se quer combater na sociedade portuguesa.

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