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Consenso político na realização de obras públicas é um ganho para o país

Consenso político na realização de obras públicas é um ganho para o país

O primeiro-ministro, António Costa, destacou hoje, na inauguração do novo terminal de cruzeiros de Lisboa, que esta infraestrutura representa um bom exemplo de continuidade política e estabilidade de decisões em matéria de obras públicas, frisando tratar-se de um projeto que envolveu diferentes governos e mandatos autárquicos.
Consenso político na realização de obras públicas é um ganho para o país

“Estamos perante um excelente exemplo da continuidade de políticas e de estabilidade de decisões. Isto deve ajudar o país a compreender bem a importância de haver consenso político alargado em matéria de construção de grandes infraestruturas”, afirmou António Costa.

Tendo a escutá-lo na primeira fila a presidente do CDS, Assunção Cristas, o primeiro-ministro elogiou a ação da falecida antiga líder parlamentar deste partido Maria José Nogueira Pinto e do ex-ministro da Economia António Pires de Lima no longo processo de localização e construção do novo terminal de Lisboa, da autoria de Carrilho da Graça.

António Costa, que discursou depois das intervenções iniciais do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, deixou depois, sobre a nova infraestrutura ao serviço da capital, uma mensagem de otimismo sobre a margem de crescimento do sector do turismo.

Assinalando que o sector representa já 18% das exportações e cerca de 7% do PIB, o primeiro-ministro sublinhou que o turismo de cruzeiros cresceu 62% na última década e que Portugal tem apenas “uma pequena parcela deste mercado”.

“Com a posição geoestratégica do país, ponto de encontro entre as rotas do Atlântico e do Mediterrâneo, Portugal dispõe de condições únicas para ter neste segmento de mercado um franco crescimento”, sustentou, numa cerimónia em que estiveram ainda presentes os ministros da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

Inovação ao serviço de quem visita o país

O líder do Executivo anunciou também que os inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vão passar a embarcar no último porto antes da acostagem em Lisboa, fazendo logo aí a tramitação de controlo dos passaportes dos turistas de cruzeiros.

De acordo com António Costa, com esta solução, “a partir do momento em que o barco acoste em Lisboa, os turistas terão todo o tempo disponível para poderem usufruir da cidade, não perdendo tempo em tramitações burocráticas”.

António Costa fez questão de agradecer ao SEF “toda a cooperação” que permitiu a inauguração do novo terminal de cruzeiros de Lisboa – uma obra do arquiteto Carrilho da Graça, cujo projeto representou um investimento de 23 milhões de euros – mas também “o passo inovador, dado que agilizará toda a tramitação dos turistas provenientes fora do espaço Schengen” da União Europeia.

“Este é um bom exemplo de como a inovação é sempre possível e necessária”, acrescentou, numa alusão ao objetivo de melhores práticas na administração pública portuguesa.