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Confinamento começa a produzir resultados no país

Confinamento começa a produzir resultados no país

O primeiro-ministro, António Costa, assinalou que as medidas de confinamento, decretadas no âmbito do estado de emergência, começam a produzir resultados no combate à Covid-19, agradecendo o esforço do SNS e de todos os profissionais de saúde.
Confinamento começa a produzir resultados no país

De acordo com o boletim divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a evolução da pandemia em Portugal, embora se observe um registo de internamentos e óbitos ainda elevado, o número de novos casos de infeção tem vindo a diminuir consistentemente em comparação com os observados na última semana.

“Com o extraordinário esforço dos nossos profissionais de saúde, temos conseguido enfrentar a fase mais crítica da pandemia. O confinamento começa a produzir resultados e a vacinação vai criando imunidade”, referiu António Costa.

Esta quinta-feira, no final de uma visita ao Hospital Prisional São João de Deus, em Caxias, onde acompanhou o processo de vacinação de funcionários dos Estabelecimentos Prisionais, o primeiro-ministro defendeu que o plano de vacinação está a correr com “grande sucesso”, lembrando que a primeira fase já foi concluída na semana passada e abrangeu todos os profissionais de saúde essenciais, bem como os utentes e profissionais de lares e unidades de cuidados continuados, com exceção para os locais onde havia surtos.

Com a segunda fase já em curso, António Costa realça que os prazos de vacinação têm sido cumpridos e com “uma taxa de efetividade que compara muito bem com os melhores” da União Europeia.

“Não podemos dar mais porque não temos mais vacinas. Temos estado a cumprir”, sublinhou, referindo que o plano de vacinação “é bastante longo”, mas, “se tudo correr bem e com normalidade, nós atingiremos 70% de imunização comunitária no final do verão”.

Governo agradece apoio de profissionais de saúde da Alemanha

Ontem, o Governo português agradeceu a disponibilidade da Alemanha em ajudar no combate à pandemia, no momento da chegada de 26 profissionais de saúde militares germânicos a Lisboa.

Também o primeiro-ministro tinha já dirigido uma saudação de boas vindas à equipa alemã que chegou a Portugal na quarta-feira, estendendo o agradecimento a “todas as ofertas de apoio dos diversos parceiros europeus”. “Traduzem o valor da solidariedade e reforçam o sentimento de pertença à União Europeia”, acrescentou o líder do Executivo.

“Quero saudar a disponibilidade do Governo alemão neste momento difícil para Portugal”, disse Marta Temido, que recebeu a equipa de profissionais oriunda da Alemanha, juntamente com o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho.

O Hospital da Luz, em Lisboa, que receberá a equipa alemã dispunha de instalações, mas não de profissionais de saúde, acrescentou a governante, afirmando que Portugal teve várias ofertas de ajuda e que nesta altura a mais útil é a ajuda alemã, de “recursos humanos altamente diferenciados e preparados”, adiantando que com a chegada desta equipa o Serviço Nacional de Saúde passa a dispor de mais oito camas de cuidados intensivos.

A ministra da Saúde, que estava acompanhada do embaixador da Alemanha em Portugal, Martin Ney, referiu ainda que Portugal tem conseguido responder ao acréscimo de doentes com Covid-19, aumentando “significativamente” a sua capacidade de resposta num “momento ainda muito difícil”, assinalando, como um sinal encorajador, o facto de esta semana se ter começado já a verificar uma desaceleração de novos casos.

O ministro da Defesa Nacional agradeceu igualmente ao governo alemão “a prontidão e a generosidade com que responderam à situação em Portugal”, apontando a forma como a ajuda foi disponibilizada e organizada “muito rapidamente” entre os dois países.

A equipa é constituída por 26 profissionais de saúde, entre os quais seis médicos, que trazem também 40 ventiladores móveis e 10 estacionários, 150 bombas de infusão e outras tantas camas hospitalares. De acordo com um comunicado conjunto dos Ministérios da Saúde e da Defesa de Portugal, os profissionais de saúde alemães permanecerão no país “durante um período de três semanas, estando prevista a sua substituição a cada 21 dias, até ao final de março, caso seja necessário”.