“Mais uma vez, a Iniciativa Liberal falou de instabilidade, o deputado Joaquim Miranda Sarmento [PSD] falou da crise política e o deputado André Ventura vive sempre no caos”, começou por referir o presidente do Grupo Parlamentar do PS no debate com o primeiro-ministro sobre política geral, comentando que já ficou percetível “que caos para o Chega só não há no Brasil de Bolsonaro ou nos Estados Unidos de Donald Trump”.
Realçando a importância da estabilidade para continuar a implementar as políticas, Eurico Brilhante Dias mostrou um gráfico com uma linha estável sobre a dívida portuguesa: “Quando olhamos para a ‘yield’ [taxa de juro] da dívida portuguesa a dez anos, entre 4, 5 e 6 de janeiro – 5 foi o dia em que discutimos a moção de censura –, nós olhamos para o gráfico e é algo estável”.
O líder parlamentar socialista comparou depois este gráfico a um outro sobre as “obrigações do tesouro a dez anos de quando, no Governo Passos Coelho/Paulo Portas, tivemos uma remodelação depois de uma ‘demissão irrevogável’”, o que resultou no aumento da dívida portuguesa. “A dívida portuguesa nesse momento de crise aumentou mais de 120 pontos base e, no meio dessa crise política, dizia então um operador dos mercados financeiros internacional que Portugal não ia escapar ao segundo resgate”, recordou.
Eurico Brilhante Dias garantiu que os socialistas vão, pois, “continuar a trabalhar para executar o Plano de Recuperação e Resiliência, investimento em mais alojamento estudantil, mais centros de saúde, mais investimento nas empresas portuguesas e nas agendas mobilizadoras”.
O presidente da bancada do PS referiu-se, com ironia, a um gráfico “que gostaria de ter trazido”. Neste caso, um gráfico exibido pelo líder parlamentar do principal partido da oposição, Joaquim Miranda Sarmento, “que mostra que enquanto o PPD/PSD foi Governo, o PIB afundava e que quando o PS é Governo, o PIB cresce”.
“A larga maioria dos analistas internacionais conhece bem o gráfico apresentado pelo deputado Joaquim Miranda Sarmento. Quando o PS governa, estabilidade, crescimento, contas certas, desemprego em baixo, emprego em máximos e a oposição no sítio certo – a continuar a ser oposição”, disse.
Eurico Brilhante Dias mostrou-se ainda orgulhoso de um dado que saiu hoje sobre os números da emigração: “Em 2021, emigrou metade do número de portugueses que emigrou em 2013 e esta redução de 50% é um dos resultados mais expressivos da governação do PS”.
“Sempre que emigra um português que não quer emigrar, é negativo” e, por isso, o Governo vai continuar com o objetivo de “criar oportunidades”, assegurou.
“Por isso, quando comparamos a governação que disse aos portugueses que a emigração era uma oportunidade, ou aquele Governo que enfrenta os portugueses e lhes diz que quer criar oportunidades para que possam ficar, há uma grande diferença”, asseverou Eurico Brilhante Dias.