Conferência Regional sobre as mulheres na política: como avançar para a igualdade?
Na “Conferência Regional sobre as mulheres na política: como avançar para a igualdade?”, organizada pela APCE e realizada em Rabat, a deputada socialista, Edite Estrela, sublinhou que “a conciliação entre a vida pessoal e a vida profissional, tanto para homens como mulheres, é condição essencial para a igualdade de género e para se assegurar uma maior participação das mulheres na vida política”.
A deputada socialista, membro da Comissão da igualdade e não-discriminação da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE), deslocou-se a Marrocos para participar na “Conferência Regional sobre as mulheres na política: como avançar para a igualdade?”, organizada pela APCE a convite do Parlamento de Marrocos, em que participaram deputadas de diferentes países: Argélia, Egito, França, Itália, Jordânia, Palestina, Portugal, Sérvia e Marrocos. Da APCE estiveram mais três deputadas, para além de Edite Estrela, que realçou a importância da troca de experiências e exemplos de boas práticas entre mulheres eleitas em países com diferentes culturas e problemas.
Nos três painéis, ”mecanismos de promoção da representação das mulheres”; “o papel dos partidos políticos”; “a voz das mulheres nas campanhas eleitorais”, participaram também várias peritas, representantes da ONU Mulheres e da Comissão de Veneza do Conselho da Europa, e deputados marroquinos membros da APCE.
Edite Estrela interveio no painel sobre “o papel dos partidos políticos”, referindo o papel decisivo do PS na aprovação da legislação de combate às discriminações de género, muito progressista, em vigor em Portugal, designadamente, a lei da paridade, a lei da parentalidade, a proposta de lei da igualdade salarial, a lei que assegura uma representação equilibrada de ambos os géneros nas empresas públicas e cotadas em bolsa. A deputada socialista relembrou que foi o PS o primeiro partido português a incluir nos seus estatutos o sistema de quotas, no tempo do secretário-geral António Guterres, atual secretário-geral das nações Unidas. E referiu igualmente, como bom exemplo, a criação do cargo de secretária-geral adjunta que, neste momento., é desempenhado por Ana Catarina Mendes, atual chefe da delegação portuguesa na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. Segundo a deputada, a adoção do sistema de quotas como medida de discriminação positiva é não só consensual, mas também prática corrente em todos os países representados.
Na sessão de abertura da conferência, usaram da palavra os presidentes das duas Câmaras do Parlamento marroquino, a ministra da igualdade do governo de Marrocos e a presidente da Comissão da Igualdade da APCE, tendo estado presentes vários membros do corpo diplomático acreditado no Reino de Marrocos.