Competitividade do país deve assentar no conhecimento
Falando em Braga, na assinatura daquele que é o “maior contrato” de investigação e desenvolvimento assinado em Portugal, entre a Bosch e a Universidade do Minho, António Costa apontou esta “Parceria Publico Privada (PPP)” entre universidades e empresas como a melhor que se pode fazer para se conseguir um “modelo sustentável” de conhecimento.
Segundo o chefe do Governo, “não nos conseguiremos desenvolver batendo no custo do trabalho, é um erro. A capacidade competitiva do país assentará na qualificação, inovação e valorização mas só haverá isto se houver conhecimento”.
António Costa considerou ser “essencial investir no melhor recurso que o país tem, as pessoas”, acrescentando que “é talvez do desenvolvimento e qualificação dos recursos humanos que podemos ter um mercado de trabalho com menor precariedade, melhor remunerações e fazer regressar aqueles que nos últimos anos saíram do país”.
Num discurso em que valorizou a importância da Ciência, o primeiro-ministro, que completa hoje 100 dias à frente do Governo, elogiou ainda o contrato assinado entre a Universidade do Minho, a empresa alemã e Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
“A investigação e o desenvolvimento têm um custo de risco de tal dimensão que só uma instituição pública com fundos próprios e comunitários pode apoiar”, disse. “Esta é talvez a maior PPP que podemos fazer que é o investimento na inovação, investigação e no desenvolvimento”, acrescentou.
O contrato agora assinado representa um investimento de 54,7 milhões de euros,e vai exigir a contratação de mais de 90 novos engenheiros pela Bosch, com diferentes especializações para a área de Investigação e Desenvolvimento, e 170 bolseiros de diferentes Escolas da Universidade do Minho.