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“Como primeiro ministro conduzirei o Governo”

“Como primeiro ministro conduzirei o Governo”

O primeiro ministro afirmou que a “sucessão de insultos, rumores e mentiras” sobre o seu alegado envolvimento num plano para controlar a comunicação social não o farão desviar da sua responsabilidade como líder do Governo.
 

O primeiro ministro afirmou que a “sucessão de insultos, rumores e mentiras” sobre o seu alegado envolvimento num plano para controlar a comunicação social não o farão desviar da sua responsabilidade como líder do Governo.

Na sua declaração, na residência oficial, em São Bento, o primeiro ministro referiu-se implicitamente a outros casos de caráter pessoal com que se confrontou nos últimos anos, dizendo que “já não é a primeira vez que o país assiste a uma tentativa de substituição do debate político pelo ataque pessoal”.

“Não será agora, como não foi no passado, que uma qualquer sucessão de insultos, de rumores e de mentiras me fará desviar da responsabilidade que o povo me confiou. Como primeiro ministro conduzirei o Governo, como é meu dever, no combate à crise económica, pela modernização do país, cumprindo o programa que venceu as eleições”, disse.

Segundo Sócrates, com essa atitude, estará “a contribuir para a elevação do debate político, que é tão necessária para o prestígio das instituições e para que a vida política se concentre nos reais problemas das pessoas e nos reais problemas do pais”.

Neste contexto, o primeiro ministro disse que as suas prioridades passarão pela aprovação final do Orçamento do Estado para 2010, “sem o desvirtuar e respeitando a sua coerência”, e pela apresentação do Programa de Estabilidade e Crescimento.

O primeiro ministro afirmou ainda, nada temer quanto ao conteúdo das escutas do processo “Face Oculta”, numa declaração em que acusou os que perderam as eleições legislativas de tirarem partido das “criminosas” violações do segredo de justiça.

 “Como democrata e, aliás, como qualquer pessoa que preze a decência e a lealdade na vida pública, condeno e repudio as violações do segredo de justiça e a divulgação criminosa de escutas. Faço-o não porque tema seja o que for quanto ao seu conteúdo. Não tenho absolutamente nada a temer. Mas faço-o porque esses crimes atentam contra as pessoas, contra o direito à privacidade e contra o funcionamento da justiça”, afirmou José Sócrates.

Na sua declaração, Sócrates atacou “a indignidade daqueles que tentam aproveitar-se destes crimes para lançarem ataques de caráter aos seus adversários políticos”.

“Estes são os métodos de quem dá mostras de não saber aceitar a escolha e o resultado das eleições legislativas, de não saber conviver com o julgamento democrático dos portugueses. Esses são os que parecem ter-se desinteressado do país, para apenas se concentrarem no insulto como arma de ataque pessoas”, concluiu.