Comissão Nacional debateu modernização do partido e revisão dos estatutos

A Comissão Nacional do Partido Socialista reuniu-se ontem, em Évora, num encontro muito participado em que se discutiu, de forma aprofundada, a modernização do partido e a revisão dos estatutos.

Para o secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, a forma “profunda e participada” como decorreu a Comissão Nacional representa “uma cultura política nova”.

Após a sessão de abertura, presidida por Maria de Belém Roseira, presidente do PS, os membros da Comissão Nacional dividiram-se por duas salas para debaterem as propostas, recolhidas nos últimos meses por todo o país, para a abertura do partido e para a sua modernização – compromisso  que António José Seguro colocou como prioridade na sua candidatura à liderança do PS.

Na sua intervenção perante os membros da Comissão Nacional, o secretário-geral do PS salientou que este debate, além de cumprir os compromissos assumidos, demonstra que é possível fazer este trabalho de forma profunda e participada.

E que esse trabalho vai prosseguir. A revisão dos estatutos, exemplificou António José Seguro, não é mera alteração dos artigos, mas algo muito mais profundo. A proposta de novos estatutos será votada na próxima Comissão Nacional, a realizar em Março.

O líder do PS defendeu a necessidade de alterar as regras de adesão de militantes para erradicar os “sindicatos de voto” e o “caciquismo”, considerando que não é “tolerável” que não existam “processos claros” de adesão.

A escolha interna dos candidatos às autárquicas deverá estar concluída até ao final do ano, havendo até ao verão eleições internas para secções, concelhias e federações.

O grupo de trabalho para a reforma fiscal terá “alguns meses” para trabalhar numa proposta, disse ainda à Comissão Nacional o líder do PS.

O PS manterá a “coerência” no discurso e na atividade políticas, disse Seguro, considerando que é uma “regra básica” para ser uma oposição “construtiva”, naquele é um “caminho difícil”.