“A decisão tomada por uma vastíssima maioria, por mais de 86% dos votantes, foi a de realizar o Congresso Nacional a 28 e 29 de agosto”, afirmou Carlos César, em declarações aos jornalistas na sede do Partido Socialista, em Lisboa, adiantando que o formato da reunião magna dos socialistas decorrerá em moldes idênticos aos que estavam já previstos, por razões de prevenção face à pandemia de Covid-19.
A reunião da Comissão Nacional do PS decorreu este sábado, tendo como único ponto da ordem de trabalhos a proposta de remarcação do Congresso Nacional, inicialmente previsto para 10 e 11 de julho, face à evolução da situação pandémica no país e observando o dever de acautelar os riscos de saúde pública que lhe seriam inerentes.
Ainda de acordo com Carlos César, “no caso de a evolução pandémica determinar alguma dificuldade de realização do Congresso” na nova data, o presidente do partido terá a incumbência de, ouvida a Comissão Organizadora do Congresso (COC) e em articulação com a Comissão Permanente e o Secretário-geral, António Costa, “determinar outra data” para a sua realização “até ao final do corrente ano”.
No caso de este cenário se colocar, o presidente do PS salientou que, “naturalmente, o mês de setembro tem uma dificuldade a esse respeito por razões de calendário”, devido à existência de outras iniciativas partidárias, como a Festa do Avante!, do PCP, que “impedem, de um ponto de vista da cordialidade que se tem usado sobre essa matéria”, assim como pela realização das eleições autárquicas a 26 de setembro e da campanha oficial que decorre nas duas semanas anteriores. Por essa razão, Carlos César considerou que se o Congresso não se puder realizar em 28 e 29 de agosto, “a probabilidade máxima é naturalmente a de que seja depois das eleições autárquicas e até ao final do ano”.
“Se por razões que não são previsíveis neste caso não puder ser feito este ano, terá que haver uma forte avaliação do Partido Socialista e da sua Comissão Nacional sobre isso, mas nós estamos muito confiantes que a situação irá melhorar, que realizaremos as nossas eleições autárquicas com todas as condições e que, por isso mesmo também, com as mesmas boas condições realizaremos depois o nosso Congresso Nacional”, sublinhou.
O Congresso do PS, que terá a participação de cerca de 1.500 delegados, entre eleitos e inerências, vai realizar-se em 13 locais distintos do país e em espaços que asseguram o cumprimento das normas determinadas pela Direção Geral da Saúde (DGS), sendo os trabalhos seguidos em modelo de videoconferência.
Em Lisboa, na Sala Tejo do Pavilhão Atlântico, estará a Mesa do Congresso, os membros dos órgãos de direção (Secretariado Nacional e Comissão Política) e os delegados eleitos pelas federações da Área Urbana de Lisboa (FAUL) e da Região Oeste (FRO).
Os restantes delegados reúnem-se na Madeira, Açores, Porto, Coimbra, Portimão (Algarve), Aveiro (que também junta os delegados de Viseu), Estremoz (Évora e Portalegre), Mirandela (Vila Real e Bragança), Covilhã (Castelo Branco e Guarda), Fátima (Leiria e Santarém), Alcácer do Sal (Setúbal e Beja) e, por fim, Barcelos (para os delegados de Braga e Viana do Castelo).