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Comemoração dos 40 anos da adesão de Portugal ao projeto europeu

Comemoração dos 40 anos da adesão de Portugal ao projeto europeu

Os 40 anos da assinatura do tratado de adesão de Portugal à União Europeia foram hoje assinalados, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, numa cerimónia oficial com a presença do Presidente e Secretário-Geral interino do Partido Socialista, Carlos César.

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No mesmo local onde, em 12 de junho de 1985, Mário Soares assinou o tratado de adesão à então CEE, a par do seu homólogo socialista espanhol Felipe González, foram várias as personalidades presentes na cerimónia evocativa, desde os atuais chefes de Estado e de Governo, figuras institucionais, partidos com representação parlamentar e muitos dos atuais e anteriores eurodeputados socialistas.

Portugal e UE são “caso de sucesso partilhado”

Um dos oradores na cerimónia, o presidente do Conselho Europeu e antigo primeiro-ministro, António Costa, defendeu, no seu discurso, que “Portugal e a União Europeia são um caso de sucesso partilhado”, destacando o desenvolvimento económico e social alcançado pelo país, 40 anos passados sobre a assinatura da adesão.

“Chegados a 2025, Portugal e a União Europeia são um caso de sucesso partilhado. Uma relação de confiança, entendimento e benefício mútuo”, referiu António Costa, sublinhando que a entrada na então CEE, em 1 de janeiro de 1986, foi “refundador para Portugal, por culminar o ciclo da democratização portuguesa iniciado com o 25 de Abril”.

“A assinatura do tratado de adesão não só encerrou o período transitório do regime democrático português, como iniciou a era de maior desenvolvimento social e económico da história de Portugal”, assinalou.

Quatro décadas depois, a economia portuguesa cresceu 143%, “fruto da abertura do mercado interno ao espaço europeu”, o salário médio foi multiplicado por oito e o PIB per capita cresceu 11 vezes, elencou o ex-primeiro-ministro.

Portugal, sublinhou, “é hoje uma economia aberta à Europa e ao mundo, muito mais competitiva do que então”, enquanto “os indicadores de desenvolvimento humano, na saúde, educação e rendimento, estão hoje num patamar incomparavelmente mais alto”.

“Este é um enorme sucesso de Portugal, fruto do trabalho dos portugueses. Mas é também fruto da solidariedade da Europa como projeto de prosperidade partilhada”, disse, destacando que “precisamos dessa unidade e dessa força para defender uma ordem internacional assente em regras, fortalecer o multilateralismo, enfrentar os grandes desafios globais, garantir a paz, a segurança e a prosperidade”.

António Costa recordou ainda as palavras “premonitórias” de Mário Soares, que há 40 anos, na qualidade de primeiro-ministro, assinou o Tratado de Adesão, no Mosteiro dos Jerónimos, um momento que assinalou como “uma data de bom augúrio para o futuro europeu”.

“Ontem, como hoje, esta é a data de bom augúrio para Portugal, para os portugueses, para os europeus e para a União Europeia”, concluiu.

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