Comboio regressa ao Tua
“Quando começarem a chegar os turistas, o Vale do Tua tem de ter um produto turístico para apresentar, o que queremos é que o turista salte para as margens”, e que não se limite a permanecer no barco e no comboio, disse o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, no âmbito da sua deslocação a Vila Flor e a Mirandela, onde, na última sexta-feira, assistiu aos últimos passos do Plano de Mobilidade Turística e Quotidiana do Vale do Tua.
Nesse sentido, o ministro deixou o desafio aos autarcas e agentes locais transmontanos para que possa ser criada oferta para fazer os turistas “saltar” para as margens com o regresso do comboio no verão.
Trata-se de um investimento global de 15 milhões de euros, assumido quase na totalidade pela EDP, enquanto concessionária da barragem de Foz Tua, que é muito “importante para as populações”, salientou Pedro Marques.
O comboio irá realizar um percurso com um pouco mais de 30 quilómetros e terá uma vertente turística e outra de transporte público, sendo que, a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua, de segundo o acordo estabelecido, “obriga-se a assegurar, por si ou através de terceiro, o transporte de passageiros no âmbito do sistema de mobilidade turística e quotidiana do vale do rio Tua”.
Recorde-se que a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua é a entidade responsável pelos projetos no vale e que, além da EDP reúne os cinco municípios da área de abrangência, concretamente, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Alijó e Murça.
“Foi ainda estabelecido um acordo entre a CP, a IP e a ADRVT para regulamentar os termos em que o serviço de transporte de passageiros é assegurado, com qualidade e em segurança”, acrescenta o Ministério das Infraestruturas e do Planeamento.
Quando o Plano estiver em pleno funcionamento, a mobilidade quotidiana será feita com transporte rodoviário onde não há linha ferroviária, nomeadamente entre o Tua e a Brunheda, e com as antigas carruagens do metro de Mirandela no troço entre a Brunheda e Mirandela, entretanto reativado
Recorde-se que o ministro afirmara na passada semana, perante os deputados da comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, que estão “315 quilómetros de ferrovia em execução”, salientando que o Governo iria “adjudicar dentro de dias a maior obra dos últimos 100 anos”, referindo-se ao troço ferroviário entre Elvas-Caia.