Numa ocasião que aproveitou para desmontar a narrativa empolada pela direita sobre uma suposta subsidiodependência de Portugal face à União Europeia, a cabeça de lista do PS às eleições europeias destacou o aumento de competências em Portugal, a diferenciação do país e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita para realçar mudanças importantes que tiveram uma “repercussão direta na vida dos portugueses” por via de uma “cada vez melhor” gestão do investimento comunitário.
Deixando claro que “as políticas de coesão têm como lógica ajudar os vários Estados-membros a desenvolverem-se e não a tornarem-se dependentes”, a candidata socialista ao Parlamento Europeu refutou também a ideia de que Portugal permaneça na cauda da Europa.
“Nos últimos oito anos, mais 10% dos portugueses com 20 anos passaram a frequentar o ensino superior e diminuiu o abandono escolar”, assinalou Marta Temido, rejeitando veementemente que países mais pobres do leste europeu tenham ultrapassado Portugal em matéria económica.
Mesmo a emigração, que admitiu estar a “um nível acima do desejado”, tem vindo a “descer ao longo da última década”, contrapôs Temido, lembrando que a convergência se faz com “um esforço progressivo”.
“Crescemos mais nos últimos oito anos e Portugal está no caminho da convergência com a Europa. Lá chegaremos, quer queiram quer não”, rematou.