“Houve sempre aumentos reais de salários, houve um aumento histórico do salário mínimo nacional e um aumento real dos pensionistas. E não houve mentiras, houve verdade, pagando aos pensionistas e respeitando sempre os mais velhos, os que construíram o nosso país”, sustentou.
Falando no comício socialista na Guarda, antes da intervenção do Secretário-Geral, Ana Mendes Godinho referiu-se também à gratuitidade das creches, uma medida que, como assinalou, contribuiu para “a libertação das mulheres na vida de trabalho e para ajudar os jovens casais a terem mais filhos”.
“É uma medida que nos enche de orgulho nos 50 anos do 25 de Abril. Mas também tomámos medidas de discriminação positiva para o interior do país destinadas a jovens que comecem a trabalhar nestas zonas do país e o mesmo para o IRC, onde temos de ir mais longe para fixar empresas”, advertiu.
Depois, no final da sua intervenção, traçou um contraponto entre o PS e os partidos da direita. “A direita defende o capital e não quem trabalha. E não vale a pena desmentirem, porque nos lembramos do que fizeram na década passada quanto aos pensionistas, quanto aos salários, quanto aos feriados. Foi um filme de mentira e nós não queremos um remake. Não nos esquecemos do que fizeram. Não queremos voltar a ouvir que vivemos acima das nossas possibilidades”, afirmou.
PSD deve esclarecer os portugueses sobre corte no subsídio de desemprego
Pegando no mote da intervenção da cabeça de lista, o Secretário-Geral do PS, Pedro Nuno Santos, reiterou que o país não quer voltar para trás nos direitos sociais, desafiando Luís Montenegro a esclarecer as suas declarações sobre cortes no subsídio de desemprego, acusando-o de ser igual a Passos Coelho.
“Aquilo que ouvimos do líder do PSD foi um regresso ao passado, colocar portugueses contra portugueses: portugueses que têm emprego contra portugueses que não têm emprego”, disse.
O líder socialista defendeu que há uma explicação devida ao país, lembrando que o subsidio de desemprego “não é um favor do Estado a quem está desempregado, é um direito conquistado enquanto se trabalha”.
“Todos os trabalhadores descontam para ter proteção social, o subsídio de desemprego é uma prestação contributiva, isto é: resulta das contribuições que todos os meses os trabalhadores e os seus patrões vão fazendo”, sublinhou. Essas contribuições, prosseguiu, servem para “dar segurança a cada trabalhador que, caindo numa situação de desemprego, tenha uma proteção para não cair no chão”.
Pedro Nuno Santos observou, a propósito, que a presença de Pedro Passos Coelho na campanha da AD “foi muito importante para avivar a memória”, mostrando que, quando a direita fala de mudança, o que quer, na verdade, é “regressar ao passado”.
“Eles são duas faces da mesma moeda. Um era primeiro-ministro e o outro era o líder parlamentar do período mais negro dos mais velhos, dos reformados e dos pensionistas em Portugal”, afirmou.
Afirmando que do PS os portugueses podem esperar segurança e confiança, o líder socialista contrapôs que da AD “não vem mudança para melhor”.
“Cada vez que os ouvimos falar é de um regresso ao passado aonde nós não queremos voltar”, afirmou, com muitos apoiantes na sala a gritarem “não passarão”.
No primeiro discurso da noite, o presidente da Federação da Guarda, Alexandre Lote, salientou a mobilização conseguida e os investimentos em curso no distrito.
“União, orgulho e ação, estas são as nossas palavras fundamentais. Temos de estar unidos neste momento em defesa dos valores de Abril, unidos em defesa dos direitos liberdades e garantias, unidos em defesa do Serviço Nacional de Saúde e da escola pública”, declarou.