Ciclo olímpico conjunto é motor de igualdade e inclusão
Na cerimónia de apresentação pública dos programas de preparação olímpica e paralímpica para Tóquio 2020, cerimónia que teve ontem lugar no Centro de Alto Rendimento do Complexo Desportivo do Jamor, no concelho de Oeiras, o primeiro-ministro começou por lembrar que o Governo ao ter optado por “arrancar com este ciclo em simultâneo”, envolvendo os dois comités, o Olímpico e o Paralímpico”, teve em vista, como salientou, que os atletas de ambas as delegações pudessem “trabalhar e viver em conjunto”, adiantando que na perspetiva do Executivo que lidera faz todo o sentido que ambos os movimento olímpicos contenham desde logo, uma “mensagem muito forte”, quer de igualdade, quer também de inclusão, que se “dirija a todas e a todos”.
Para o primeiro-ministro, o ponto de viragem das modalidades olímpicas nacionais ter-se-á dado com a conquista da medalha de prata, em 1976, pelo português Armando Marques, no fosso olímpico, prémio que significou, na opinião do primeiro-ministro, o passo decisivo para que outras vitórias e outras medalhas fossem, anos depois, conquistadas por outros atletas portugueses, como foram os casos de Carlos Lopes e de Rosa Mota, medalhas e distinções que começaram, desde essa altura, a colocar a Portugal “outra exigência, mas também outra capacidade” de vencer, não só nas provas de fundos, como referiu, mas também nas “provas técnicas, nos desportos náuticos, no tapete de judio ou nas muitas provas paralímpicas”.
Desporto inovação e economia
Neste sentido, o primeiro-ministro assumiu que o desafio de superação individual contido no lema olímpico, “mais rápido, mais alto e mais forte”, pode e deve também ser aplicado por todos “no conjunto da sociedade”, defendendo que o desporto serve também como “motor do conhecimento”, mas igualmente como um fator muito importante no “fomento da inovação e no desenvolvimento da economia”.
Para António Costa, a estes valores terá ainda que se acrescentar o facto de o desporto, para além de ser um “motor de inclusão social”, ser também um fator de representação do país e de projeção internacional, não deixando nunca, contudo, como salientou, de constituir igualmente “um motor do conhecimento”, fazendo aqui António Costa referência aos vários centros de investigação que estudam melhor o corpo e a mente humana, que “permitem a melhoria do rendimento dos atletas, mas também da saúde de todos”.
O primeiro-ministro referiu ainda o que considera ser a mais-valia que o desporto traz para a inovação, destacando António Costa, neste caso, os exemplos das empresas e das startups que estão já a inovar partindo da problemática do desporto, designadamente, como garantiu, trabalhando em novos materiais e equipamentos ou no “tratamento de dados”.