Chegou a altura do Governo explicar “o falhanço da política”

O PS exigiu explicações do primeiro-ministro sobre o “brutal falhanço da política do Governo” e sobre a razão por que tantos sacrifícios não estão a dar uma perspetiva de saída da crise.

“Chegou o momento do senhor primeiro-ministro explicar aos portugueses porque falhou e porque tantos e tantos sacrifícios sofridos pelos portugueses não estão a resultar numa economia mais sustentável, não estão a dar aos portugueses uma perspetiva de saída da crise”, alertou o secretário nacional do PS Eurico Brilhante Dias, a propósito da divulgação das previsões económicas de inverno da Comissão Europeia.

Sublinhando que os dados revelados pela comissão europeia confirmam “o brutal falhanço da política do Governo e o brutal falhanço do Governo em atingir as metas a que se propôs”, o dirigente socialista reiterou que já ninguém acredita nas previsões do ministro das Finanças, que são “alteradas de forma sucessiva”.

“As previsões que estiveram na base do Orçamento de 2013 não resistiram 50 dias do ano, passados 50 dias do fim de 2012 as previsões macroeconómicas do Orçamento do Estado acabaram por revelar-se uma profunda mentira”, salientou.

Por isso, acrescentou, o PS faz um pedido: “Parem de enganar os portugueses, chegou o momento de assumir as suas responsabilidades e de explicar aos portugueses o falhanço da política”.

Eurico Brilhante Dias frisou, ainda, que todas as instituições que têm olhado para a economia portuguesa dizem que no futuro próximo a economia portuguesa vai piorar e que a própria Comissão Europeia admitiu que “muito proximamente mesmo estes dados tão negativos podem voltar a ser revistos em baixa”.

Assim, concluiu, não se percebe porque ainda na quinta-feira o ministro das Finanças disse que iria apresentar mais medidas de austeridade ainda para 2013.

“Parem por favor com o caminho que têm vindo a prosseguir, os resultados são manifestamente negativos”, insistiu, reiterando que o PS é “frontalmente contra” o adensar da austeridade.

O secretário nacional do PS destacou, também, o facto da Comissão Europeia praticamente não ter alterado as perspetivas para 2014: “Diz que estas previsões não têm em linha de conta políticas futuras, mais austeridade. Se aumentarmos a austeridade os resultados serão ainda piores. Mais austeridade é um equívoco, é preciso parar”.