Carlos Zorrinho: “É preciso deixar respirar a economia”
Em entrevista à TSF, Carlos Zorrinho comenta o estado do país, nomeadamente a questão da economia.
O líder parlamentar do PS defendeu, mais uma vez, a visão do partido, ao afirmar que o prazo de cumprimento do memorando deveria ser alargado em mais um ano. “Se isso acontecesse, muitos dos efeitos colaterais que este resultado financeiro tem tido nas pessoas, nas famílias, nas empresas, podiam ser mitigados”, sustentou.
Carlos Zorrinho repetiu, ao longo da entrevista, que “o que é importante é que a nossa economia respire”. Relativamente à controvérsia que houve durante a semana sobre os ministros da Economia e das Finanças, defendeu que “a questão não é nem mais Álvaro nem menos Gaspar, a questão é mais Economia, porque mais Economia ajuda a melhores Finanças”.
“Se a economia respirar melhor, se houver mais gente empregada, se houver mais gente a empreender, se houver mais capital estrangeiro a entrar em Portugal, então nós criaremos mais receitas, a economia funcionará melhor, criaremos mais riqueza e teremos que fazer menos sacrifícios para o mesmo défice”, disse.
Uma ideia reforçada é a de que “é preciso que haja dinheiro no bolso dos portugueses”, sendo igualmente importante que haja um esforço para que existam cada vez mais produtos produzidos em Portugal e que se consiga exportar cada vez mais. “Sem dinheiro, sem o sangue a circular na economia, o que acontece é que tudo para, e tudo parando ficam apenas os cobradores de impostos” sublinhou.
Zorrinho acusou o Governo de ter um discurso esquizofrénico, já que, “por uma lado, faz o apelo à participação do PS e, por outro lado, quer isolar o Partido Socialista de tudo”. O líder parlamentar frisou que o PS tem tido “sempre uma postura muito responsável”.