“Acho que o melhor que posso fazer é de facto abandonar a comissão parlamentar de inquérito, dar-lhe a tranquilidade necessária”, afirmou Carlos Pereira, em conferência de imprensa na Assembleia da República, na qual esteve acompanhado pelo líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias.
O deputado socialista, referindo-se à sua participação, em janeiro deste ano, numa reunião preparatória de uma audiência parlamentar, que contou com a presença, a pedido da própria, da antiga presidente executiva da TAP, reiterou a sua convicção na lisura do procedimento e disse esperar que, com esta decisão, “se acabe com o clima de suspeição, insinuação e especulação” que considerou andar a pairar sobre a comissão de inquérito.
“Espero, pela dignidade dos deputados a minha em particular, que a comissão (parlamentar) de Transparência conclua o seu trabalho e que conclua que aquilo que fiz, a participação na reunião, não violou nenhum código de conduta, nenhum preceito ético, nem nenhuma matéria particular do regimento aqui da Assembleia”, afirmou.
Carlos Pereira acrescentou ainda que a decisão teve também a ponderação de razões pessoais, afirmando que é “muito difícil estar permanentemente a ser o foco de uma comissão parlamentar de inquérito”, quando o seu objeto deve ser outro.