Carlos César: “Liderança do CDS não sabe o que o país precisa”
“Quem apenas propõe demissões como alternativa neste processo é porque não sabe o que é preciso empreender e fazer”, considerou o presidente e líder parlamentar do Partido Socialista, Carlos César, à entrada para a apresentação da recandidatura de Vítor Figueiredo à Câmara de São Pedro do Sul.
Carlos César lamentou, em resposta às declarações de Assunção Cristas na passada sexta-feira, que o CDS-PP não saiba o que o país precisa e que o partido se demita das suas responsabilidades, ficando “apenas acantonado numa estratégia destrutiva”. Para o Partido Socialista o importante continua a ser “mobilizar as instituições, o poder local, os agentes socioeconómicos para que o país seja melhor e, no caso concreto dos incidentes de Pedrógão, para que essa reabilitação seja exemplar”, clarificou.
“Ajudaremos as pessoas, como já o estamos a fazer, procurando fazê-lo depressa e bem”
Questionado sobre esses mesmos incidentes de Pedrógão Grande, o furto de armas em Tancos e sobre uma possível fragilização do Governo no debate do Estado da Nação da próxima quarta-feira, Carlos César esclareceu que “muitas vezes diz-se que há um antes e um depois de Pedrógão” e que “depois de Pedrógão temos de ter a consciência que os avanços que tivemos ao longo destes últimos dois anos não são ainda os avanços suficientes”. O líder parlamentar do PS sublinhou que “é muito importante aprender com o que vai acontecendo e o que não é desculpável é que o mesmo Governo cometa mais do que uma vez o mesmo erro”, garantindo que isso “certamente não acontecerá com o Governo liderado pelo doutor António Costa”.
O socialista recordou ainda a reação do PSD/CDS, no tempo em que eram Governo, às calamidades naturais que assolaram os Açores com fortes prejuízos, criticando a postura atual dos dois partidos ao “instar o Governo a tudo resolver de um dia para o outro”. Trata-se, lembrou, dos mesmos partidos que quando eram Governo disseram aos açorianos: “Vão à banca, que é como quem diz, resolvam vocês os vossos problemas”.
“Nós somos solidários com o nosso país e, neste caso como em outro qualquer, não deixaremos as pessoas sós e a recorrerem à banca sem a proteção, defesa e ajuda do Governo”, garantiu.
PS vai dar continuidade à obra que têm em mãos há dois anos
Ao longo do seu discurso, Carlos César aproveitou também para deixar claro que o PS vai dar continuidade à obra que têm desenvolvido há dois anos, salientando alguns dos resultados já conquistados pelo Governo de António Costa e do Partido Socialista.
“Criámos 264 empregos por dia nestes dois anos. Diminuímos o número de desempregados em 137 mil”, apontou. Quanto ao investimento, “teve o maior crescimento desde 1998”, destacando ainda a subida da confiança dos consumidores pelo décimo mês consecutivo. “A carga fiscal baixou em 2016, depois de no último ano de governo do PSD/CDS ter atingido o nível máximo de sempre em Portugal”, concluiu.