Carlos César destaca convergência com o Governo e o PS nas prioridades estratégicas para o país

Numa reação à mensagem de Ano Novo de Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do PS não viu qualquer dissonância em relação às medidas estratégicas anunciadas pelo Governo para Portugal em 2020, reafirmando haver mesmo uma razoável “convergência de objetivos estratégicos”.

Para Carlos César, um dos pontos relevantes a retirar da mensagem do Presidente da República, para além da ênfase colocada no diálogo e na concertação social, valores que o presidente do PS salienta que são igualmente “partilhados pelo Governo”, tem a ver com o apelo que o chefe de Estado fez à estabilidade, sustentando Carlos César que esta é uma chamada de atenção que assume ainda maior relevo e importância quando não há maiorias absolutas e as medidas “realizadoras e concretizadoras e os avanços que são necessários fazer dependem sempre da concertação e do dialogo” e de haver estabilidade política.

Segundo o dirigente do PS, os socialistas “entenderam muito bem” o apelo que o Presidente da República dirigiu, para que o Executivo seja ainda mais “forte e dialogante”, um apelo que foi também estendido, como defendeu, aos partidos da oposição para que também eles não deixem igualmente de ser “fortes e mais construtivos”, assumindo Carlos César que o ano de 2020 iniciou-se com a confirmação de que o relacionamento institucional entre os órgãos de soberania “continuará a ser um dos fatores de estabilidade”, sendo este aspeto, como aludiu, “bom para o Governo e para o país”.

Carlos César referiu ainda que os socialistas partilham com o Presidente da República muitas das prioridades mencionadas na sua mensagem, para 2020 e para o conjunto da legislatura, designadamente em áreas como a saúde, as alterações climáticas, a questão da demografia, a segurança e outras funções de soberania, mas também na área do investimento e do combate a fatores de desigualdade ou, ainda, sobre as questões relacionadas com a sociedade digital.

Para Carlos César, o Presidente da República “fez bem” em salientar e valorizar os avanços conseguidos no país na última legislatura, como “fez igualmente bem” ter chamado a atenção “para tudo aquilo que ainda há a fazer e que, naturalmente, é muito”.

Compromisso de estabilidade

Outros dos pontos focados pelo dirigente socialista tem a ver com a construção e consolidação das políticas europeias, referindo Carlos César a este propósito que o PS partilha a tese defendida pelo chefe do Estado, de que é necessário que todos os Estados-membros da União Europeia reforcem os esforços para que se construa uma Europa “menos adiada e em que os políticos estejam mais próximos dos interesses e das aspirações dos cidadãos e das regiões”.

Quando à aprovação do Orçamento de Estado para 2020, outros dos pontos abordados pelo dirigente socialista, Carlos César lembrou que tanto o PS como o Governo têm vindo a desenvolver diversos contatos, sobretudo com particular incidência com os partidos com os quais o PS privilegiou e privilegia o diálogo na anterior e na atual legislatura, sustentando que este é o momento certo para mostrar ao país que a opção política que os portugueses fizeram nas recentes eleições legislativas, ao reforçarem a votação no PS sem, todavia, lhe ter dado a maioria absoluta, foi uma aposta clara pela continuação da estabilidade política, um pressuposto que, na sua opinião, em caso algum deixa de fora os outros partidos no “comprometimento desta solução global”.