Carlos César defende reconstrução exemplar e dispensa brigas de partidos
“Queremos que a reparação e reconstrução dos prejuízos seja exemplar”. A afirmação é do líder do Grupo Parlamentar do PS, depois da reunião semanal da bancada, ao final da manhã, no Parlamento. Instado a se pronunciar sobre o agendamento potestativo do PSD, que terá lugar dia 29, na sequência da tragédia que se deu no distrito de Leiria, Carlos César alertou que “se o PSD pretende, por um lado, a formação de uma comissão independente que dê resultados, que faça uma análise independente e tecnicamente fundamentada, então não deveria preceder isso de um debate político que antecedesse essas próprias conclusões”.
“Nós não estamos aqui para brigas entre partidos, mas para saber o que se passou e, sobretudo, para que de futuro isto não volte a ocorrer e para que a reparação daquilo que aconteceu seja exemplar”, asseverou. “Eu não colocaria um debate imediato, que assume naturalmente um caráter político e até uma tentativa incriminatória”, defendeu ainda.
Segundo o também presidente do PS, neste momento “é fundamental um reordenamento exemplar e uma indemnização adequada para todos os que perderam os seus bens”, bem como acompanhar “as famílias que tiveram vítimas”. “O PS não contribuirá para que o esclarecimento destas matérias, para que o plano de reconstrução e para que a reforma global das florestas sejam prejudicados por um combate partidário sem qualquer sentido”, vincou.
Reforma florestal é uma prioridade
O presidente do Grupo Parlamentar do PS considerou que é urgente dar “prioridade absoluta à reforma da floresta, uma vez que “a reforma global da floresta – que foi empreendida a partir de outubro de 2016 e que se confrontará agora com a aprovação próxima (até 19 de julho) de outros cinco diplomas que estão pendentes na Assembleia da República – levará anos a dar resultados, mas não pode ser mais anos a ser aprovada”.
Para Carlos César, “é dever dos deputados contribuir para que as instituições públicas em geral e os portugueses concorram para um esforço de reabilitação rápida face ao que aconteceu”. “Por um lado, é nosso dever que sejam obtidos as explicações e os esclarecimentos no sentido de se compreender melhor o que se passou e o que eventualmente foi mal gerido, tendo em vista tirarmos conclusões positivas que permitam em circunstâncias posteriores agir de melhor forma no terreno, tanto em termos estruturais, como em termos preventivos. Para esse efeito, a disponibilidade do PS não poderia ser maior”, garantiu.
O líder parlamentar socialista apontou ainda que, “depois destes tristes acontecimentos, é fundamental que o país se orgulhe da forma como procurou compensar a vida dessas pessoas e a economia dessas regiões”.