Carlos César critica “vozearia” da direita que culpa Governo por tudo o que acontece de mal no país
“Quem só pudesse ouvir, nestes últimos meses, a vozearia da líder do CDS e, nestes últimos oito dias, o rearranjo vocal na liderança do PSD, pensaria que estaríamos ora no fundo ora à beira do poço”, lamentou hoje o líder parlamentar do PS, Carlos César, durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, no Parlamento.
O presidente da bancada socialista lembrou que, para os partidos da direita, “tudo o que é mau é sempre culpa do Governo, e tudo o que é bom ou é obra do acaso ou mera propaganda e eleitoralismo”.
Ora, “as vozes desses locutores do infortúnio que, como diria Junqueiro, vivem ‘ambos do mesmo utilitarismo cético, como duas metades do mesmo zero’, nem sequer se ocupam com a virtude do alerta e pouco mais valem do que uma vírgula atrás da verdade”, atacou.
Carlos César criticou p PSD e o CDS por dizerem que o país – que tem alcançado bons resultados – ora está “no fundo ora à beira do poço”, quando as suas vozes “pouco mais valem do que uma vírgula atrás da verdade”.
Estamos no último ano desta legislatura, “em que repusemos esperanças, diminuímos a pobreza e as desigualdades sociais e territoriais; em que trouxemos vitalidade à economia e ajudámos as empresas a se tornarem mais inovadoras, mais capitalizadas, mais internacionalizadas e mais geradoras de emprego; em que estamos a procurar inverter a tendência de degradação dos serviços públicos, sucessivamente descapitalizados desde o final da última década”, frisou.
“Podemos ainda não viver no Portugal que mais desejamos, mas o Portugal que hoje já temos, com o Governo do Partido Socialista, é bem melhor, muito melhor, do que o país enfraquecido e desanimado que encontrámos no início desta legislatura”, assegurou.
Portugueses vivem com mais confiança
“Nesta semana, em que o excedente orçamental foi dos mais elevados da União Europeia”, Carlos César tentou averiguar se, “para isso, não tínhamos voltado à velha receita do CDS e do PSD, que tornaram a vida das pessoas e das famílias um tormento e a vida das empresas uma missão quase impossível”.
O socialista recuou um ano e um mês a um discurso que proferiu no Parlamento, no final de 2017, onde procurou demonstrar as alegadas melhorias do país, desde 2015, com os casos simbólicos “das vidas do Nuno, da Mariana, da Augusta, do João, do Hugo e do avô do André” para ver como as suas vidas estarão hoje. Carlos César revelou que o Nuno, “que em 2017 deixara de estar na situação de risco de pobreza, renovou, entretanto, o seu contrato de trabalho”, tendo agora um “contrato sem termo, tal como outros 276 mil trabalhadores por conta de outrem”.
A Mariana, “que estava desempregada e encontrou em 2017 um emprego”, viu o seu salário reforçado em 7,7% em 2018 e em 2019, referiu.
Já a Augusta, que em 2017 finalmente encontrou um emprego, “viu em 2018 o seu rendimento médio mensal líquido aumentar”, anunciou. Esta mãe com dois filhos menores “sentiu um alívio nas despesas com a educação do seu filho mais novo, por via da gratuitidade dos manuais escolares”, sublinhou Carlos César.
Estas pessoas, tal como a generalidade do povo português, “vivem agora com mais confiança no dia seguinte, e nós sabemos que isso se deveu às condições criadas pelo Governo do Partido Socialista”, assegurou o líder parlamentar do PS, que teve a aprovação do primeiro-ministro. António Costa disse que a intervenção do socialista foi importante, porque mostra que este Governo governa para as pessoas.